Os carros sem condutor poderão revolucionar o sistema de transportes, e com isso trazer alterações significativas à forma como se circula. Uma das coisas que se poderá tornar obsoleta com a sua chegada, são os nossos bem conhecidos (e odiados) semáforos.
Os semáforos são um mal-necessário para tentar organizar o caótico fluxo de trânsito, cujas origens remontam ao tempo das carruagens puxadas por cavalos.
Desde então foram evoluindo, e actualmente temos cidades que gerem toda a rede de semáforos de forma centralizada, promovendo a máxima eficiência.
Mas, como qualquer condutor bem saberá, nem com toda essa eficiência se consegue evitar que muitas vezes, fiquemos parados nos semáforos por um longo período de tempo – que se torna mais ridículo quando, nas vias em que ficou o sinal verde, não há sequer nenhum veículo para passar.
Por isso mesmo há quem já esteja a trabalhar nos sistemas de gestão de trânsito do futuro – no qual, com os carros sem condutor, se poderá até dizer adeus aos semáforos.
A ideia é simples, mas é impraticável para condutores humanos.
Em vez de se ter um sistema com “pára-arranca”, os carros autónomos limitam-se a definir entre si períodos de passagem nos cruzamentos, e ajustam a sua velocidade automaticamente – de modo a que cheguem ao local no momento exacto em que podem passar sem ter que parar.
Com um condutor humano, bem que podemos repetir insistentemente que ele deveria conduzir a uma velocidade de 60 Km/h para garantir que chegava ao destino à hora pretendida e sem apanhar filas de trânsito.
Obviamente, um humano rapidamente ignorará a sugestão e seguirá a 120 km/h, para depois ficar longos minutos no pára-arranca de uma fila de trânsito, a fumegar e a reclamar com todos os outros condutores.
Só é pena que este futuro sem paragens nem trânsito ainda esteja a várias décadas de distância, particularmente para as nossas estradas em más condições.