O que têm Rishi Sunak, o novo primeiro-ministro do Reino Unido, em comum com o presidente da França, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky?
Apesar das muitas diferenças, todos estes líderes europeus têm 1,70 m de altura — uma prova, segundo muitos utilizadores nas redes sociais, de que a Europa está agora nas mãos dos “baixinhos”.
No Twitter, o jornalista Tom Gara chamou a atenção para o que descreveu como “consolidação do poder europeu nas mãos de reis baixos“. Mas não foi o único.
Utilizadores de todo o mundo destacam a baixa estatura destes líderes e recordam outros “baixotes bem-sucedidos” — do mais conhecido, o imperador francês Napoleão Bonaparte (1,56), ao macedónio Alexandre, o Grande, que era pequeno (1,70), o primeiro-ministro inglês Winston Churchill e o rei francês Luís XIV (1,62).
Em Portugal, o mais conhecido líder “baixote” foi o mítico Francisco Sá Carneiro, primeiro-ministro de 3 de janeiro de 1980 até à sua morte, a 4 de dezembro do mesmo ano. Era conhecido pela sua tenacidade, carisma… e baixa estatura.
Mas se esta nova tendência europeia chegar a Portugal, é bem provável que o próximo Presidente da República seja Luís Marques Mendes.
Ser alto ainda é mais vantajoso
Apesar da onda de líderes baixotes que tomaram de assalto o poder na Europa, estudos mostram que os homens de menor estatura têm, regra geral, menor probabilidades de sucesso do que os seus colegas mais altos — e isso reflete-se em salários mais baixos e menos oportunidades profissionais.
Segundo Malcolm Gladwell, autor do livro Blink, cada polegada (2,5 cm) na altura vale mais 789 dólares no salário. O que significa que um homem com 1,82 metros pode ganhar mais 7,8 mil dólares por ano pelo mesmo trabalho. Numa carreira de 40 anos, isso pode chegar a US$ 315,6 mil a mais.
Já um estudo realizado pela Universidade de Chicago em 2006 intitulado “O que o faz clicar? — Preferências de companheiros e resultados correspondentes em encontros on-ine” mostrou que, em média, os homens com 1,60m precisam de ganhar mais 175 mil dólares por ano para serem tão desejáveis quanto homens com 1,80m.
O número aumenta com alturas mais baixas, com homens de 1,5m, por exemplo, a precisar de ganhar mais 317 000 dólares.
Facto é que, na lista dos presidentes das 500 empresas da Forbes, a maioria são homens — há pouquíssimas mulheres — e a sua média de altura é 1,82 m. As exceções serão Jeff Bezos (1,70m), fundador da Amazon, e Mark Zuckerberg (1,70m), do Facebook.
Isso explica a frustração do canadiano Allan Mott. Num artigo para a BBC em 2019, comenta como é viver com menos 18 cm que a média do homem canadiano. Mott tem apenas 1,57 m.
“Eu sei a realidade do que significa ser um homem baixo na nossa sociedade. Há tanta discriminação sobre tamanho como há sobre género, raça, religião, etc.”
Para Mott, assim como para tantos outros baixinhos no mundo, a nova onda de líderes europeus pode representar o tão aguardado afago à autoestima.
ZAP // BBC
Foto: Andrew Parsons / No 10 Downing Street; David Chandler, Bomann-Museum / Wikimedia; Valentin Flauraud, Felipe Trueba / EPA; Mitya Aleshkovsky, President Of Ukraine / Flickr
Marques Mendes além de muito baixo tem cara de ratinho sem carisma nenhum, não tem hipótese. É impossível alguém ter respeito a essa figura.
É curioso terem-se lembrado do Marques Mendes, mas terem-se esquecido do Contador de Patranhas.
Como podem ver aqui (https://www.dn.pt/internacional/costa-muito-satisfeito-apos-reuniao-com-sanchez-e-macron-15271288.html), o nosso Costa é mais baixo do que Emmanuel Macron.
Por esta razão, considero que o Costa não deveria ter sido “discriminado”, ainda que só assalte tugas…
Alexandre o grande era macedónio e não romano.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.