O ritmo do amor? Aranha-lobo conquista as fêmeas com as suas batidas

Jay Stafstrom/Biology Letters/Scott Schrage/The University of Nebraska-Lincoln

Schizocosa stridulans

Ao flexionar os apêndices, abanando o abdómen e batendo as patas dianteiras, os machos aranha-lobo dão um bonito espetáculo na hora de conquistar uma fêmea.

A espécie de aranha-lobo Schizocosa stridulans usa batidas ritmadas com as patas dianteiras para conquistar as fêmeas. Quanto mais complexo o ritmo, maior a probabilidade de ser bem sucedido.

Segundo o Science Alert, o movimento consiste em flexionar o apêndice e balançar o abdómen, sinais visuais ostentosos importantes na escolha da fêmea. Estes sinais não são apenas observados pela aranha fêmea: são também sentidos sob a forma de vibrações, uma vez que as aranhas não têm ouvidos.

A equipa de biólogos da Universidade do Nebraska, nos Estados Unidos, ainda não sabe, porém, explicar exatamente por que as fêmeas são mais propensas a aceitar machos com exibições mais complexas.

“Porque é que as fêmeas são mais propensas a aceitar machos com exibições mais complexas permanece em aberto”, escreveram os investigadores, liderados pelo biólogo evolucionário Noori Choi. “Ainda assim, os nossos dados demonstram que os mahcos S. stridulans podem e irão alterar ativamente a sua complexidade de sinal e que esta capacidade pode estar sob seleção direta por parte das fêmeas.”

Para chegar a esta conclusão, os cientistas filmaram encontros entre aranhas-lobo S. stridulans em tiras de papel filtro, o que permitiu registar as delicadas vibrações dos animais.

A aranha fêmea foi a primeira a ser colocada na plataforma e, no tempo que ficou sozinha, teceu um cordão carregado de feromonas, uma indicação de que estava aberta ao acasalamento.

Quando o macho chegou, as aranhas foram autorizadas a interagir durante um período de até 20 minutos.

Em 44 testes de acasalamento, os investigadores descobriram que os machos copulavam mais rápido se produzissem sinais complexos durante esse encontro.

“Muitos animais comunicam entre si com exibições complexas que consistem em múltiplos sinais através de modalidades sensoriais”, conclui o estudo.

O artigo científico com as conclusões do estudo foi publicado, recentemente, na Biology Letters.

ZAP //

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