“O meu pai morreu por não apoiar João Lourenço”, diz ‘Tchizé. Resultado provisório da autópsia contraria acusações de envenenamento

15

Tchizé dos Santos / Facebook

Welwitschea 'Tchizé' dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos

Welwitschea ‘Tchizé’ dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos

‘Tchizé’ dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, defendeu que este foi assassinado por pessoas próximas de João Lourenço, atual chefe de Estado daquele país. Um resultado provisório da autópsia contraria as acusações de envenenamento levantadas pela família.

Em entrevista à CNN, divulgada na segunda-feira, na qual deu pouco espaço para a jornalista intervir, sublinhou que a morte do pai se deveu ao facto de não ter apoiado João Lourenço nas eleições agendadas para o final de agosto, especulando sobre a origem do acidente vascular cerebral.

Confirmou que apresentação uma queixa por tentativa de homicídio do pai, com o “apoio de alguns irmãos”. Segundo afirmou, os “principais suspeitos” são elementos do corpo médico e de segurança que o acompanhavam, bem como a mulher do pai, Ana Paula dos Santos, acusando-os de serem “infiltrados” de João Lourenço.

“É muito curioso que João Lourenço tenha ficado a saber do falecimento do meu pai e tenha anunciado primeiro do que eu”, apontou, sublinhando: “eu fiquei a saber pelo senhor Lourenço do falecimento do meu pai. O que me chocou tremendamente”.

‘Tchizé’ disse ainda que não vai permitir que o corpo do ex-chefe de Estado seja transladado para Angola. “O meu pai deixou uma vontade expressa de não mais voltar a ser humilhado por João Lourenço e não mais voltaria a Angola”, frisou, acusando o atual Presidente de ser um “ditador corrupto”.

Durante a mesma entrevista, garantiu que não colocará “o pé em nenhuma instituição de Angola enquanto o João Lourenço for Presidente”. “Corro perigo de vida em qualquer sítio onde ele tenha controlo”, referiu.

Apontando o dedo ao Governo angolano, que “lhe deve uma indemnização brutal”, acusou também Portugal do mesmo, por a estar “a difamar através dos tribunais”. “Sou cidadã portuguesa e não sinto segurança jurídica para estar” no país, porque o “governo português já baixou as orelhas” a João Lourenço, apontou.

Entretanto, o resultado provisório da autópsia ao corpo de José Eduardo dos Santos afasta “qualquer hipótese de envenenamento”, contrariando, assim, as acusações que têm sido feitas pela família, avançou esta terça-feira o Correio da Manhã.

O documento preliminar “não aponta qualquer irregularidade”, segundo informação confirmado pelo jornal junto do Governo angolano.

O corpo do ex-chefe de Estado foi autopsiado em Barcelona, onde faleceu, após a autorização judicial recebida na sexta-feira.

O resultado final só deve ser conhecido dentro de dois ou três dias. Caso não se confirmem irregularidades, avançarão os preparativos para a retiradas dos seus restos mortais, que deverão ser transportados para Luanda.

Taísa Pagno , ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

15 Comments

  1. Deveria estar calada e a chorar a morte do pai e não usar a sua morte politicanente. Falta de classe e de chá. Nem parece irmã da Isabel dos Santos.
    Deixe o pai em paz.

  2. O pai desta moça morreu porque estava vivo… já não estava era tão “vivaço” para continuar a criar as condições e dar cobertura ao enriquecimento ilícito da família direta e aos da família política que asseguravam um regime que, dizem os entendidos e os indícios visíveis, vivia da corrupção e compadrio mantendo a população angolana na maior miséria.
    O problema que se me oferece neste momento não é o da morte em si desta figura obscura, mas sim de uma reflexão de como é possível o povo angolano permitir que se tivesse perpetuado no poder durante tantos anos. Afinal qs naturais de angola que se revoltaram quanto um colonizador branco e tentar perceber porque não se revoltaram contra um ditador negro e natural da terra natal. Estranho mundo este onde vivemos…

  3. Esta Classe de Gente não tem ponta de vergonha na cara (para não dizer outra coisa) . Ergueram-se na Vida a custa de “Vigarices”, e esta Menina ainda não se encheu que chegue por os vistos !

  4. Não sei se João Lourenço é corrupto ou não.
    Mas é preciso lata para ela o acusar de ser um ditador corrupto. Não se enxerga? Que se olhe ao espelho.

  5. Para se comentar deveria ser necessário perceber!
    1 O restos mortais de um falecido, pertencem à família!
    Neste contexto, devem ter o destino que a família houver por bem dar.
    2 O Gló (João Lourenço), quer dar ao falecido um funeral de estado mas tem, de acordo com a lei angolana, da qual ele próprio é o garante, de ouvir e respeitar a vontade da família.
    3 O Gló, subiu ao poder por entrega do Zédu, com o país semi-falido e na sequência disso teve de tomar medidas que afrontaram os seus camaradas de partido e mais ainda por razões de rebeldia os meninos do Zédu.
    4 Agora o Gló precisa dos restos mortais do Zédu para fazer campanha no partido e também em Angola, porque vêm aí as eleições.
    5 Os miúdos do Zédu naturalmente, querem estragar a campanha do Gló.

  6. Claro que o corpo pertence à familia. Mas neste caso a que familia? Mulher? Filhos? Parece que nem estes se entendem.
    Mas li uma noticia que quem estava a pagar todas as despesas de saúde era o Estado Angolano Sendo assim se continua a ter as regalias como ex- Presidente ( acho bem) neste caso o Estado Angolano tambem deve ter uma palavra a dizer.
    Os filhos continuam a fazer politica com a morte do pai o que é lamentável

  7. Ela está mas é a lançar uma campanha politica para que seja ela a nova presidente de Angola. É tudo estratégia de politiquices. Deitar o Lourenço abaixo para ir, ela e os irmãos dela, para lá.

  8. Parece que o direito da família prevalece sobre o direito do estado angolano. Se eles querem que o morto fique em Barcelona, eles é que mandam, para quê tanto barulho.

  9. A fortuna dos Santos devia era ser distribuída e pagar as certidões de óbito e funerais dos assassinados no 27 de Maio de 1977, que ainda estão por fazer. Não foi só o Agostinho Neto…

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.