O ADN mais antigo do mundo foi recuperado de fósseis hominídeos

Wikimedia Commons

Paranthropus robustus

Informação genética foi recuperada de P. robustus com 2,4 milhões de anos, batendo de longe o recorde de 18 mil anos de ADN humano alguma vez extraído.

Investigadores extraíram informação genética de dentes fossilizados de uma espécie antiga de humanos que viveram há dois milhões de anos, em Joanesburgo, na África do Sul.

Esta é a mais antiga informação genética alguma vez recuperada de um hominídeo e pode desencadear a descoberta de novas criaturas na árvore genealógica humana.

Segundo o estudo publicado na biorxiv, o ADN foi recuperado de quatro hominídeos africanos que viveram há 2,4 milhões de anos, o que representa um recorde absurdo, uma vez que o ADN humano mais antigo a ser extraído em África teria apenas 18 mil anos.

Os dentes estavam na caverna Swartkrans e segundo o IFL Science ter-se-ão acumulado após repentinas inundações, antes que a cimentação provocasse a preservação das proteínas do esmalte ao longo de milhões de anos. Recorrendo a um processo de espetrometria de massa — usado para detetar e identificar moléculas — os investigadores tiveram acesso às informações do Paranthropus robustus e sobre a sua relação com outros hominídeos.

Dois de quatro espécimes analisados foram identificados como machos através da identificação de uma proteína de um gene presente apenas no cromossoma Y.

Apesar de não poderem ainda confirmar a posição específica do P. robustus na árvore genealógica humana, os investigadores consideram “a recuperação de material genético filogeneticamente informativo em hominídeos africanos [com dois milhões de anos] um avanço potencialmente transformador para a paleoantropologia”.

ZAP //

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