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Metro do Porto: os novos veículos de “luxo” têm uma falha básica

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ZAP

Interior da nova carruagem do Metro do Porto

15 veículos mais silenciosos, mais higiénicos – mas pensaram nas pessoas de mobilidade reduzida, em idosos e nas grávidas?

Desde a semana passada que a Metro do Porto tem uma novidade a circular. Ou melhor, 15 novidades.

São 15 novos veículos que estão a circular desde a semana passada. Ocupam a linha C, entre Campanhã e ISMAI/Fórum Maia – e também no tronco comum da rede, entre Campanhã e a Senhora da Hora.

Foi um investimento de quase 50 milhões de euros que trouxe um design mais moderno às linhas, outra aerodinâmica, com veículos mais silenciosos e mais higiénicos.

Com sete portas duplas de cada lado – e com passageiros satisfeitos, quando o Jornal de Notícias entrou numa viagem.

Há quem queira que a Metro do Porto compre mais veículos do género para entrarem em toda a rede, substituindo os mais antigos.

Um dos passageiros, Jacinto Moreira, ficou “muito impressionado” pelas comodidades, pelo espaço e sobretudo pelos assentos com estofos em couro.

Joaquim dos Santos também elogiou os novos bancos: “Não conhecia este veículo, nem sabia que tinha estes magníficos bancos. Os outros eram muito duros. Mas estes são um luxo”.

Mas os elogios não são unânimes.

Falámos com Carina Silva nesta quarta-feira, o dia em que esta jovem se estreou nos novos veículos.

Realmente há “luxo” nos bancos mas… “São bastante luxuosos mas nada práticos“.

Carina realça que, além de haver menos lugares sentados (64 num total de 244), a localização de diversos desses lugares vai ser um problema para muita gente.

“São menos acessíveis (é preciso subir um degrau) e em andamento até pode ser perigoso de subir, até por haver menos espaço entre os lugares que estão de frente uns para os outros”.

“Acredito que pessoas de mobilidade reduzida, idosos e até gravidas não consigam usar as 8 cadeiras mais elevadas. Já para não falar da dificuldade que é entrar ou sair desses lugares de 4 pessoas, para quem se senta junto à janela. Não há espaço para pôr as pernas e, se alguém levar um saco de compras ou algo do género, não tem como pousar no chão”, descreveu a passageira.

Em relação ao silêncio do veículo – confirmado por Carina – aqui surge outro risco: “É mais provável causar acidentes”. Um pouco como acontece com os carros eléctricos.

A jovem que vive em Vila Nova de Gaia também viu aspectos positivos. Todos num sítio: o ecrã lá dentro. “O ecrã onde indica a próxima paragem tem um tipo de letra bastante grande, é bastante visível. Também indica temperatura interior e exterior do veículo (um pouco desnecessário, mas interessante)”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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1 Comment

  1. A cidade do Porto está agora com muitas paragens novas de autocarro, com encosto na diafonal mas nada para os idosos se sentarem. Lastimável

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