Novos passes obrigam empresas a reforçar autocarros

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Várias empresas privadas de autocarros, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa, querem aumentar a oferta de autocarros devido ao aumento da procura de passageiros que já se sente depois dos novos passes, muito mais baratos, que entraram em vigor no início de abril.

O presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP), Cabaço Martins, admite à TSF que há uma maior “pressão” de passageiros que já levou, inclusive, algumas empresas a reforçarem os autocarros disponíveis, mesmo sem mais financiamento público.

O problema é que mais viaturas em circulação significam mais custos, havendo a necessidade de conseguir negociar mais financiamento público com as áreas metropolitanas ou comunidades intermunicipais (entidades que gerem a iniciativa).

Cabaço Martins explica que, perante a procura que já existe, já há conversas com a autoridade de transportes, pois, como está, pelo menos em alguns operadores, o financiamento público acordado não chega.

O maior aumento da procura está a acontecer na Área Metropolitana de Lisboa, com uma incidência mais forte nas empresas que servem concelhos da região mais afastados da capital – onde a diferença de preço em relação aos preços anteriormente praticados mais compensa abdicar do carro e viajar de transportes públicos.

A ANTROP representa empresas como, entre outras, a Rodoviária de Lisboa, a Vimeca, TST, Barraqueiro, Scotturb, EVA, Rodoviária do Alentejo, Mafrense, Resende ou Gondomarense.

A TSF contactou o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, que se recusou a comentar as pretensões das transportadoras privadas.

Dois meses após o arranque do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos transportes, a procura por passes sociais em Lisboa subiu 26% e no Porto 16%. Na Área Metropolitana de Lisboa, o programa atraiu 143 mil novos passageiros, enquanto na do Porto 24 mil.

ZAP //

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