A FPF vai analisar dois pareceres relativos ao número de títulos de campeão nacional e da Taça de Portugal. Caso um deles seja aprovado, pode haver três novos campeões.
Em 2018, foi criada a Comissão Independente para Análise dos Títulos Nacionais (CIATN), após a pretensão apresentada pelo Sporting CP, que reclamava mais quatro títulos da Liga Portuguesa.
No entendimento dos ‘leões’, as quatro conquistas do Campeonato de Portugal — 1922/1923, 1933/1934, 1935/1936 e 1937/1938 — deveriam equivaler a títulos de campeão nacional.
Entretanto, cerca de quatro anos depois, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) já tem em sua posse dois pareceres elaborados por investigadores. Estes dois pareceres distintos serão votados em Assembleia Geral Extraordinária, no dia 29 de junho.
A FPF pode decidir não aprovar nenhum deles, mas caso o faça, a lista de campeões nacionais pode sofrer alterações históricas. O jornal A BOLA teve acesso aos pareceres apresentados pelos investigadores e explica quais seriam as mudanças práticas.
O primeiro parecer é o mais drástico e envolveria não só a adição de mais títulos para o Sporting CP, como também para outros clubes.
“Os vencedores do Campeonato de Portugal entre as épocas 1921/1922 e 1933/1934 devem ser considerados como campeões nacionais, bem como os vencedores do Campeonato das Ligas (entre 1934/1935 e 1937/1938) que precede o Campeonato Nacional. Os vencedores do Campeonato de Portugal entre 1934/1935 e 1937/1938 devem ser reconhecidos como vencedores da Taça de Portugal”, lê-se no primeiro parecer.
Este seria o resultado prático:
Títulos de campeão nacional
Clube | Novos títulos | Total de títulos |
Benfica | +2 | 39 |
FC Porto | +3 | 33 |
Sporting | +2 | 21 |
Belenenses | +3 | 4 |
Olhanense | +1 | 1 |
Marítimo | +1 | 1 |
Carcavelinhos | +1 | 1 |
Títulos da Taça de Portugal
Clube | Novos títulos | Total de títulos |
Benfica | +1 | 27 |
Sporting | +2 | 19 |
FC Porto | +1 | 18 |
Por sua vez, o segundo parecer de outro grupo de investigadores oferece uma alternativa mais ‘conservadora’.
Os peritos argumentam, segundo A BOLA, que o Campeonato de Portugal é uma prova antecessora da Taça de Portugal, enquanto os Campeonatos das Ligas (I e II Liga) são antecessores do Campeonato Nacional (I e II Divisão).
Assim sendo, não haveria alterações relativamente ao número de títulos nacionais, apenas havendo clubes que juntariam mais conquistas da Taça de Portugal ao seu palmarés.
Este seria o resultado prático:
Títulos da Taça de Portugal
Clube | Novos títulos | Total de títulos |
Benfica | +3 | 29 |
FC Porto | +4 | 22 |
Sporting | +4 | 21 |
Belenenses | +3 | 6 |
Olhanense | +1 | 1 |
Marítimo | +1 | 1 |
Carcavelinhos | +1 | 1 |
Não têm mais nada p’ra fazer do remexer no baú por interesses excusos de quem gosta de reescrever a História?
Não admira que a iniciativa seja de quem, sob o manto de uma aristocracia “pato-brava” ridiculamente redefiniu – no seu museu – “suicídio” como “falecimento por vontade própria!!!
Penso que o segundo parecer é o mais razoável. Provas por eliminatórias são “taças”, independentemente do nome que davam na época. Assim como quando jogam todos contra todos, são “campeonatos” ou “ligas”, o nome pouco importa, ficam no mesmo bolo.
Alguma coisa não está bem nessas tabelas. No primeiro parecer, o SCP com mais 2 taças fica com 19 e o FCP com mais 1 taça fica com 18, significa que actualmente ambos têm 17 taças. Mas no segundo parecer, ambos com mais 4 taças fica o SCP com 21 e o FCP com 22.