Novas medidas devido à Ómicron entraram em vigor

Novas medidas para conter a pandemia de convid-19 entraram às 00:00 de hoje em vigor, face à ameaça da nova variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2, que pode ser responsável por cerca de 90% das infeções no final do ano.

As novas medidas foram decididas na terça-feira num Conselho de Ministros extraordinário e surgem cerca de um mês depois de o Governo ter, em 25 de novembro, aprovado uma estratégia de prevenção e combate à pandemia, mas que o surgimento recente da Ómicron obrigou a atualizar.

Muitas das medidas foram antecipadas face ao que tinha sido aprovado no Conselho de Ministros de 25 de novembro, como a “semana de contenção” após o Ano Novo, que foi alargada, vigorando a partir de hoje até 09 de janeiro, e que inclui o regresso ao teletrabalho obrigatório.

Também o encerramento de creches e ateliês de tempos livres (ATL), que estava previsto para a “semana de contenção” entre 03 e 09 de janeiro, foi antecipado para hoje, com o Governo a assegurar o apoio às famílias.

As discotecas e bares com espaço de dança vão voltar a fechar, depois da reabertura em outubro ao fim de 18 meses encerradas.

Desde as 00:00 de hoje que passou a ser obrigatório teste negativo para acesso a hotéis e estabelecimentos de alojamento local, assim como para eventos empresariais e ainda festas familiares, como casamentos ou batizados.

O acesso a eventos desportivos e culturais dependerá também da apresentação de teste negativo ao coronavírus, independentemente do número de espetadores.

A lotação dos espaços comerciais passa a estar limitada a uma pessoa por 5m2 para evitar ajuntamentos que acontecem na semana a seguir ao Natal para trocas de presentes.

Portugal Continental está em situação de calamidade desde 1 de dezembro devido ao aumento do número de casos de covid-19.

Ómicron já é a dominante em Portugal

A covid-19 provocou mais de 5,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.851 pessoas e foram contabilizados 1.266.037 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela OMS, foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

A variante Ómicron já é a dominante em Portugal, com uma proporção de casos estimada em 61,5%, segundo o relatório semanal de monitorização das “linhas vermelhas” para a covid-19, divulgado hoje pelas autoridades de saúde.

O mais recente relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), com a Monitorização das linhas vermelhas para a covid-19, aponta ainda a pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade que “são elevados, embora com tendência estável, revelando assimetrias regionais”.

O documento indica que a mortalidade específica por covid-19, de 21,8 óbitos em 14 dias, por 1.000 000 habitantes, apresenta também “uma tendência estável”. Esta taxa de mortalidade “revela um impacto elevado da pandemia na mortalidade”, adiantam as autoridades.

ZAP // Lusa

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