O autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, afirmou esta segunda-feira, depois de assinar a lei que proibirá a venda e produção de foie gras na cidade a partir de 2022, que “os dias” daquela iguaria “acabaram em Nova Iorque”.
“A nova lei colocará fim a esta prática cruel na nossa cidade para sempre”, acrescentou numa mensagem na rede social Twitter, depois de assinar a lei aprovada em outubro pelo conselho municipal.
O foie gras – termo que, em francês, significa “fígado gordo” – é o fígado de ganso ou pato que foi forçosamente alimentado à exaustão, o que levou à hipertrofia lipídica do órgão.
A Grande Maçã, como é conhecida Nova Iorque, é uma das grandes capitais gastronómicas dos Estados Unidos e junta-se, assim, ao estado da Califórnia, onde esse produto alimentar de origem francesa já está vetado.
A proibição do foie gras, que não entrará em vigor antes de 2022 para dar tempo às empresas que se adaptem, faz parte de uma legislação mais ampla que inclui medidas contra a crueldade relativamente aos animais.
“Também estamos a fortalecer os nossos centros de adoção de animais, protegendo os cavalos do perigo das altas temperaturas e alargando os esforços para defender os direitos dos animais por toda a cidade”, acrescentou Bill de Blasio.
A nova lei inclui a criação de uma loja para o bem-estar animal, reconhece os direitos dos cães, cavalos e pássaros e penaliza com multas até dois mil dólares a quem não cumpra.
A iguaria já foi proibida noutros países, nomeadamente no Brasil, na cidade de São Paulo.
ZAP // Lusa