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Videojogo polémico No Mercy promove violação de mulheres e incesto

No Mercy / Steam

Lançado há um mês, o videojogo “No Mercy” tornou-se polémico por ser um simulador de incesto e violação de mulheres. Vai ser retirado da maior plataforma de jogos do mundo, a Steam.

“Tornar-se o pior pesadelo de todas as mulheres” e “nunca aceitar um não como resposta”. São este os princípios do videojogo “No Mercy” (“Sem Piedade”), da Zerat Games, que está a ser comercializado numa das maiores plataformas de venda de videojogos do mundo, a Steam — mas não por muito tempo.

A rádio britânica LBC avançou esta quinta feira que o jogo será retirado da plataforma Steam, depois de ter sido lançado há um mês e ter sido alvo de duras críticas pelo seu conteúdo machista — centra-se num protagonista masculino e a LBC classifica o objetivo do jogo como um simulador de incesto e sexo não consensual”.

A própria descrição do jogo na Steam define o jogo como “um romance visual 3D para adultos, baseado em escolhas, com um grande foco no incesto e na dominação masculina“. As imagens de preview do jogo mostram conteúdo sexualmente explícito e personagens femininas em situações de submissão.

“Depois do caso da tua mãe destruir a tua família, assumes um novo papel: não para consertar o que está estragado, mas para a reclamar para ti. Desvenda os seus segredos mais profundos, domina-a e torna todas as mulheres tuas“. É esta a premissa do videojogo.

O próprio secretário de Estado da Tecnologia britânico, Peter Kyle, pediu a retirada do jogo “profundamente preocupante” da Steam. Corre-se ainda o risco de o jogo ser descarregado por crianças, uma vez que, embora exija pagamento com cartão de crédito, o sistema de verificação de idade é muito elementar.

Em Portugal, o jogo esteve disponível pelo valor de 11,79€, e conta com 80% de avaliações positivas.

O Público recorda que a Steam teve já na sua plataforma conteúdo semelhante, quando em 2019 disponibilizou Rape Day, um jogo que acabou por ser eliminado por conter “abusa verbalmente, mata e viola mulheres”.

ZAP //

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