Há um movimento, no Twitter, a defender que as horas não estão a durar 60 minutos. Os defensores alegam que o tempo está a ser roubado.
Todos nós já ouvimos a lenga-lenga: “o tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem; o tempo responde ao tempo que o tempo tem tanto tempo, quanto tempo o tempo tem”.
A verdade é que aprendemos desde muito cedo que uma hora tem 60 minutos, mas há quem não esteja totalmente convencido.
Depois de vacinas com chips e terraplanistas, a nova teoria da conspiração alega que o tempo está a passar mais rápido do que antes e que a única explicação é que nos esteja ser roubado.
Os defensores acreditam, portanto, que “as horas não duram 60 minutos“.
Las horas no duran 60 minutos, ni de coña, ¿nos están robando el tiempo?
— Oscar Negatime Marvel Hero (@coloidalesoscar) January 11, 2022
Os apoiantes desta conspiração garantem que o tempo está a passar mais rápido.
Tengo la teoría de que todo comenzó en el 2020, desde ese momento siento que los años han pasado como unos mesesillos de nada. También es el año en que empezó la pandemia, casualidad?? No lo creo
— Diana Farías (@soy_dianafarias) January 13, 2022
Grande parte das teorias da conspiração carecem de conhecimento científico. Este caso, porém, é explicado com base na Lei de Weber.
Segundo o El Español, a metamática Hannah Fry explicou que, “embora um ano tenha sempre a mesma duração, a relação entre quanto tempo dura um ano e quanto tempo se está vivo está a ficar cada vez mais pequena“.
No fundo, cada ano que passa acrescenta percetivelmente menos ao total da nossa vida do que um ano quando somos crianças. Isto significa que, à medida que envelhecemos, temos a sensação de que o tempo passa mais rápido.
Depois dos terra-plermistas, chegam os tempo-palermistas!…
Em 2022, alucinados com acesso à Internet a fazer estas figuras…
É verdade, já tive um relógio assim 🙂
E claro que isto não é novidade nenhuma.
A maioria das pessoas têm essa sensação conforme vão ficando mais velhas.
Não se trata de uma realidade, mas sim de uma sensação. E muito forte.
Até o número de coisas que se conseguem fazer num só dia parece diminuir.
Mas, na realidade, nós é que ficamos mais lentos. E mesmo que não fiquemos, temos mais ‘detalhes’ para tratar do que quando eramos mais novos.
A mudança dá-se quando, na nossa cabeça, começamos a pensar, não nas coisas que ainda gostaríamos de fazer, mas sim nas coisas que já não ‘conseguiremos’ fazer (realisticamente)