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Plutão “coloriu” a sua maior lua

Os investigadores da NASA descobriram que a mancha vermelha em Caronte, a maior lua de Plutão, pode ser parte da atmosfera vinda do próprio planeta.

As imagens e os dados foram capturados pela sonda New Horizons, uma missão não-tripulada lançada em 2006, que tem como objetivo estudar o planeta-anão e o Cinturão de Kuiper.

Os cientistas têm analisado o estranho fenómeno desde 2015 e chegaram à conclusão que a região avermelhada em Caronte é a atmosfera que escapou de Plutão.

No estudo publicado na Nature, os cientistas explicam que a cor vem do gás metano que escapa da atmosfera de Plutão e fica preso na gravidade do satélite natural e congela na sua superfície.

Um ano em Caronte é o equivalente a 247,7 anos terrestres e os seus invernos podem durar até 150 dos nossos anos, atingindo temperaturas de -247 ° C.

Os investigadores sugerem que estas circunstâncias fazem com que o metano se acumule na forma de neve e gelo na superfície do satélite natural, durante milhões de anos.

Um processo químico faz com que os raios ultravioletas do Sol transformem o metano em hidrocarbonetos mais pesados que criam um material avermelhado chamado tolina – abundante nos corpos gelados do Sistema Solar externo, como Titã, o satélite natural de Saturno.

“As moléculas de metano estabelecem-se na superfície de Caronte até que consigam escapar novamente para o espaço ou para os polos congelados, onde ficam sólidas, formando uma camada fina de gelo de metano que dura até que a luz do Sol volte, na primavera”, explicou o cientista Will Grundy, da missão New Horizons.

Caronte foi descoberto a 22 de junho de 1978 pelo astrónomo James W. Christy, do Observatório Naval dos Estados Unidos, e tem um diâmetro de aproximadamente 1207 km – metade do diâmetro de Plutão – com uma área de 4580000 km ².

BZR, ZAP

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