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NASA resolve mistério das emissões de raios-X de Andrómeda

NASA

Andrómeda, ou M31, é uma galáxia espiral parecida com a Via Láctea.

Andrómeda, ou M31, é uma galáxia espiral parecida com a Via Láctea

A vizinha da Via Láctea, Andrómeda, contém uma fonte predominante de emissão de raios-X altamente energéticos, mas a sua identidade permanecia misteriosa até agora.

Relatado num novo estudo, a missão NuSTAR (Nuclear Spectroscopic Telescope Array) da NASA localizou um objeto responsável por esta radiação de alta energia.

Segundo os investigadores, o objeto Swift J0042.6+4112 é um possível pulsar, o remanescente denso, altamente magnetizado e giratório de uma estrela moribunda. Esta interpretação é baseada na sua emissão de raios-X altamente energéticos, que o NuSTAR é excecionalmente capaz de medir. O espectro do objeto é muito semelhante aos pulsares conhecidos da Via Láctea.

Está provavelmente localizado num sistema binário, onde o material de uma companheira estelar é puxado para o pulsar, vomitando radiação altamente energética à medida que esse material aquece.

“Nós não sabíamos o que era até que olhámos para este objeto com o NuSTAR,” comenta Mihoko Yukita, autor principal de um estudo publicado no Astrophysical Journal.

Este candidato a pulsar é visto como um ponto azul na imagem da Galáxia de Andrómeda obtida pelo NuSTAR em raios-X, onde a cor azul é escolhida para representar os raios-X mais energéticos. É mais brilhante, em raios-X altamente energéticos, do que qualquer outro objeto na galáxia.

NASA / JPL-Caltech / GSFC / JHU

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O estudo reúne muitas observações diferentes do objeto obtidas por várias missões. Em 2013, o satélite Swift da NASA reportou-o como uma fonte altamente energética, mas a sua classificação era desconhecida, pois existem muitos objetos que emitem raios-X de baixa energia na região.

A emissão de raios-X de baixa energia, do objeto, ao que parece é uma fonte identificada pela primeira vez na década de 1970 pelo Observatório Einstein da NASA. Outros observatórios, como o Chandra e o XMM-Newton também já a tinham detetado.

No entanto, foi só com este estudo mais recente do NuSTAR, auxiliado por dados do satélite Swift, que os cientistas perceberam que era o mesmo objeto, pois este provável pulsar domina a radiação altamente energética de raios-X em Andrómeda.

Este pulsar, que tem uma massa menor do que qualquer um dos buracos negros de Andrómeda, é mais brilhante em energias altas do que toda a população de buracos negros da galáxia.

“O NuSTAR fez-nos perceber a importância geral dos sistemas pulsares como componentes de galáxias que emitem raios-X e a possibilidade de que os raios-X altamente energéticos de Andrómeda sejam dominados por um único sistema pulsar” comenta a coautora do estudo, Ann Hornschemeier.

Andrómeda é uma galáxia espiral ligeiramente maior que a Via Láctea. É visível no céu noturno sob condições de observação razoáveis e encontra-se a 2,5 milhões de anos-luz da nossa Galáxia – o que é considerado muito próximo, dada a escala do Universo.

ZAP // CCVAlg

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