Narcotraficantes libertados devido a greve de funcionários judiciais fugiram para o Brasil

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Por / Flickr

Aeroporto Humberto Delgado, Lisboa

Apesar de lhes terem sido apreendidos os passaportes, os traficantes deslocaram-se por terra até à embaixada do Brasil em Madrid e conseguiram fugir das autoridades portuguesas.

Pelo menos quatro dos oito traficantes de droga presos no fim de semana passado pela Polícia Judiciária no Aeroporto de Lisboa conseguiram fugir do país após serem libertados temporariamente devido a uma greve dos funcionários judiciais.

Segundo informações obtidas pelo Correio da Manhã, os suspeitos, todos de origem brasileira, escaparam de Portugal por via terrestre e dirigiram-se a uma instalação diplomática brasileira em Madrid, Espanha, onde pediram novos passaportes.

Os traficantes, que foram detidos com cocaína, inicialmente foram libertados pelo juiz de instrução, que ordenou a entrega dos seus passaportes como parte das condições para a sua libertação temporária.

No entanto, eles alegaram perda dos documentos na embaixada brasileira em Madrid, obtendo rapidamente novas vias e utilizando-as para retornar ao Brasil por via aérea.

Este incidente ocorre num contexto de greves recorrentes dos funcionários judiciais, que têm afetado significativamente o funcionamento normal do sistema judicial português. Uma das greves tinha terminado na sexta-feira pela manhã, dia em que um dos detidos, uma mulher que tinha sido hospitalizada por problemas de saúde relacionados com a ingestão de bolotas de cocaína, foi finalmente levada a tribunal.

A fuga dos traficantes levanta questões sobre a eficácia das medidas de contenção aplicadas em casos de libertação condicional, especialmente durante períodos de greve.

O sindicato dos funcionários judiciais já anunciou mais greves parciais para os próximos dias 7 e 8 de maio, o que pode continuar a impactar negativamente a administração da justiça no país.

O juiz responsável pelo caso tinha imposto a proibição de saída do país aos arguidos, além de ter comunicado que eles deveriam apresentar-se à justiça quando convocados.

No entanto, a facilidade com que os traficantes obtiveram novos passaportes e fugiram levanta dúvidas sobre a eficácia da execução deste tipo de medida preventiva no meio de todas as greves crise no sistema judicial.

ZAP //

4 Comments

  1. Seria tempo para o Sr. P.R , dar un murro na mesa . O Sistema de Justiça , Não pode ser considerado como uma lojeca qualquer , que cada vez mais demostra ser ! . Ou será por serem Brasileiros ?

  2. Uma justiça que apenas dá garantias aos criminosos, as vítimas nunca tem as mesmas regalias que os bancos de criminosos . Chega

  3. Pessoal por isso o Salgado o Sócrates, Manuel Pinho, os gajos da altice, Pedro Mexia (EDP), e outros que agora não me vêm á cabeça, não vão dentro a justiça e os políticos não funcionam, portanto CHEGA.

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