O porta-voz do PAN, André Silva, desvalorizou esta quinta-feira a desfiliação do eurodeputado Francisco Guerreiro e da deputada Cristina Rodrigues, rejeitando que o partido atravesse uma crise interna.
“Neste momento convocar um congresso a quente não é a melhor situação, não há uma crise”, afirmou André Silva, admitindo que o partido, “como é evidente”, vai fazer vai fazer uma reflexão interna sobre as desvinculações recentes.
O porta-voz falava aos jornalistas numa conferência de imprensa que decorreu na sede do PAN, em Lisboa, depois desta quinta-feira ter sido conhecida a decisão da deputada Cristina Rodrigues de se desfiliar do partido e passar a deputada não inscrita.
Antes da deputada, também o eurodeputado Francisco Guerreiro optou por deixar de representar o PAN no Parlamento Europeu, passando a independente.
Além destes dirigentes, que integravam a Comissão Política Nacional (CPN), também os Comissão Política Regional da Madeira se desfiliaram, a par de uma uma deputada municipal (e mulher de Francisco Guerreiro) e de um membro da concelhia de Cascais”.
“Não estamos a falar da saída de 500 pessoas, estamos a falar de sete pessoas”, observou o porta-voz do PAN, referindo por várias vezes que “todos os meses há filiações e desfiliações do partido”, algo que considerou “normal”.
André Silva considerou também que os eleitos e dirigentes que deixaram o partido “usaram o PAN como trampolim para chegar até estes lugares”. “Não deixa de ser curioso que Cristina Rodrigues e o eurodeputado que recentemente saíram do partido não abandonaram os seus cargos políticos remunerados, nenhum abdicou, continuando a prosseguir deste modo os seus interesses próprios e a sua agenda pessoal”, acusou.
Na intervenção que leu aos jornalistas, o deputado indicou igualmente que a desfiliação da deputada eleita por Setúbal nas últimas eleições legislativas, no ano passado, “mais não é do que a antecipação de um inevitável processo de retirada de confiança política do partido”. Apontando que o mal-estar “estava identificado”, André Silva assinalou que “estas situações em nenhum partido do mundo acontecem de um momento para o outro”.
“As pessoas revelarem-se nas suas verdadeiras intenções é um processo que vai acontecendo, e que aconteceu nos últimos meses”, destacou, observando que “esta situação seria inevitável”. Questionado se espera mais alguma desfiliação num futuro próximo, o porta-voz do PAN respondeu que não antecipa “mais nenhuma”.
ZAP // Lusa
Espero que esta Pan(demia) não acabe com o PAN como aconteceu com o Livre que foi só uma pequena “preconceitomia”. A proliferação de partidos politicos não é em si mesma um indicador de vitalidade democrática mas antes, uma demonstração de que pequenos interesses pessoais procuram ganhar alguma expressão.
AHAH. É bom que o PAN continue a crescer. Têm lutado muito pela transparência da democracia. Aliás, o Sr eurodeputado quis sair depois de ter sido chamado à pedra pela gestão de fundos à balda. Depois acusou o partido de fugir aos seus valores para poder justificar manter-se em função. Vamos ver no final do mandato a sua mudança radical para outro partido qualquer (ele já sabe qual é..), com valores que nada terão que ver com o PAN. É a chamada hipocrisia política..
Que saiam as baratas, que aliás já terão outros partidos em vista para o final do seu mandato. Depois já não haverá qualquer problema em defender ideais completamente diferentes dos do PAN…