Mundial 2022: violência nas bancadas (e não só) em Inglaterra e na Albânia

Facundo Arrizabalaga / EPA

Em jogos do mesmo grupo, o empate entre Inglaterra e Ucrânia e a vitória da Polónia na Albânia não tiveram acção apenas no relvado.

Nove anos depois, a Inglaterra não ganhou em casa, num jogo de qualificação para a fase final de um grande torneio. A excepção aconteceu nesta terça-feira: empate a uma bola na recepção à Hungria, em jogo de qualificação para o Mundial 2022.

Roland Sallai colocou o Wembley assustado quando, aos 23 minutos, inaugurou o marcador numa grande penalidade. Luke Shaw tinha cometido falta sobre Loic Négo. Aos 36 minutos John Stones igualou o marcador, aproveitando um ressalto.

Apesar deste pequeno deslize, a Inglaterra continua a liderar o Grupo I de qualificação: tem 20 pontos, mais três do que a Polónia. E, nos dois jogos que faltam, só precisa de quatro pontos para segurar o primeiro lugar – os adversários serão Albânia e São Marino.

Este duelo ficou marcado por problemas nas bancadas. Não entre ingleses, mas sim entre adeptos húngaros e seguranças. Houve agressões logo na fase inicial do encontro (no relvado, os húngaros também protagonizaram momentos “quentes” em disputas de bola e não só).

A polícia local explicou que, quando os adeptos húngaros se aperceberam que um dos seus compatriotas tinha sido detido, partiram para agressões a seguranças e polícias.

Esse adepto foi detido por ter proferido cânticos racistas – no sábado passado o Hungria-Albânia não teve adeptos nas bancadas porque a federação húngara foi castigada por causa do comportamento de adeptos húngaros (incluindo gestos racistas).

Jogo interrompido

Na mesma noite, e no mesmo grupo, problemas na Albânia, onde a Polónia venceu por 1-0. O golo de Karol Świderski fez com que a selecção liderada por Paulo Sousa ultrapassasse precisamente a Albânia e passasse para o segundo lugar deste Grupo I.

Enquanto os polacos festejavam o golo, vários objectos (como garrafas e copos) foram atirados por adeptos da Albânia.

Os futebolistas da Polónia recusaram continuar a jogar e o duelo esteve parado durante mais de 20 minutos.

Nuno Teixeira, ZAP //

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