Moura vale primeira vitória em 2025 na Liga

Luís Forra / Lusa

Um golo de Francisco Moura (o seu segundo em dois jogos) e uma defesa fantástica de Diogo Costa já perto do fim valeram ao Porto, no Algarve, a sua primeira vitória no campeonato em 2025, depois de cinco jogos seguidos sem vencer na prova.

Numa tarde de emoção para os portistas, que fizeram questão de homenagear Jorge Nuno Pinto da Costa, a primeira parte foi para esquecer para ambos os lados, sem qualquer remate na direcção do alvo.

A segunda abriu com o golo de Moura, de cabeça, após livre de Fábio Vieira, que mais à frente atirou ao poste.

O Farense – que somou o sétimo jogo seguido sem ganhar – tentou reagir, mas Diogo Costa, com uma defesa por instinto, negou o empate aos de Faro.

A primeira parte foi um autêntico bocejo, com o Porto a ter muito mais tempo de posse de bola (67%), mas a mostrar uma enorme inoperância ofensiva, sem nenhum remate na direcção da baliza (e apenas quatro disparos).

Apesar das 13 acções na grande área algarvia, apenas Fábio Vieira já perto do intervalo assustou Ricardo Velho.

Quanto ao Farense, optava por bater a bola para a frente, limitando assim a cinco as acções defensivas dos “dragões” no meio-campo contrário, e teve apenas um remate e uma acção na área do FC Porto. Os 0,0 xG dos algarvios e os 0,4 dos “dragões” diziam tudo.

Se a primeira parte não teve golos nem lances de real perigo, a segunda começou com o único golo da partida. A partir daí o jogo abriu e ficou mais mexido.

Fábio Vieira atirou ao poste para o Porto e o Farense, já nos minutos finais, quase empatou, num dos dois remates que fez na direcção do alvo, um cabeceamento de Cláudio Falcão defendido de forma espectacular por Diogo Costa.

Mas os algarvios ficaram-se pelos dois remates enquadrados e pelas 11 acções na grande área contrária, com o Porto a segurar o triunfo, num jogo em que, tal como o adversário, também se ficou pelos dois remates no alvo.

O Jogo em 5 Factos

1. Apenas quatro remates no alvo

Dois remates na direcção das balizas para cada lado. Quatro no total. Um registo baixo, que entra para o top 5 dos jogos com menos remates no alvo na presente edição da Liga: apenas quatro jogos tiveram menos. No topo, com apenas um remate enquadrado, está um AVS-Gil Vicente, em Janeiro.

2. Porto mais forte pelo ar

Os “dragões” marcaram de cabeça e foram mais fortes quer nos duelos ofensivos (ganhando 61%), quer nos defensivos (vencendo 58%).

3. Algarvios mais fortes no drible

Se, pelo ar, mandou o Porto, pelo chão mandou o Farense, pelo menos no que a dribles diz respeito. Os algarvios foram bem-sucedidos em dez dos 16 que tentaram, enquanto os “azuis-e-brancos” só tiveram sucesso em oito dos 19 tentados.

4. Um cruzamento eficaz para o Porto

Não foram propriamente eficazes os cruzamentos de bola corrida do Porto. Em nove, apenas um encontrou o caminho pretendido. Do outro lado, o Farense até foi mais competente, com dois a chegarem ao destino em seis tentados.

5. Algarvios fortes a defender

O Farense terminou a partida com 29 alívios, 19 desarmes e oito intercepções, conseguindo limitar o perigo causado pelo Porto, sobretudo até ao momento do golo.

Melhor em Campo

O lateral esquerdo Francisco Moura voltou a marcar, pelo segundo jogo consecutivo, depois de o fazer a meio da semana à Roma, e ao golo somou ainda dois desarmes no capítulo defensivo e, lá à frente, fez ainda dois passes para finalização. Ganhou seis duelos em dez disputados.

Resumo

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