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Morreu o poeta Ferreira Gullar, Prémio Camões em 2010

Fernando Frazão / Agência Brasil

O poeta Ferreira Gullar

O poeta Ferreira Gullar

O poeta, crítico de arte, dramaturgo, biógrafo, escritor de memórias e tradutor brasileiro Ferreira Gullar, que recebeu o Prémio Camões em 2010, morreu este domingo no Rio de Janeiro, aos 86 anos, de pneumonia.

O motivo da morte foi confirmado ao diário brasileiro Folha de São Paulo, por Maria Amélia Mello, amiga e editora de algumas das obras do autor.

O mesmo jornal escreve que a morte foi confirmada também pela neta de Ferreira Gullar, que estava internado no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, há cerca de 20 dias devido a insuficiência respiratória.

Membro da Academia Brasileira de Letras desde 2014, Gullar nasceu a 10 de setembro de 1930, em São Luiz do Maranhão.

Influenciado por nomes como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, descobriu a poesia moderna aos 19 anos e acabou também por aderir ao método poético mais experimental e livre, rejeitando as antigas fórmulas.

“Ferreira Gullar é uma das expressões mais fortes da literatura brasileira. Em todas as dimensões em que atuou, fê-lo com maestria e densidade. Antes de ser imortalizado pela Academia Brasileira de Letras, Ferreira Gullar já fora eternizado pela sua obra. Por isso, o poeta sempre será lembrado. Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos”, disse o governador do Rio de Janeiro, Luis Fernando Pezão, numa nota citada pela Sputnik News.

Gullar, considerado como um dos mais importantes autores brasileiros do século XX, deixa dois filhos, Luciana e Paulo, oito netos, e a companheira Cláudia, com quem vivia atualmente. O seu último livro foi “Autobiografia Poética e Outros Textos”, lançado este ano pela Editora Autêntica.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta segunda-feira a morte do poeta brasileiro, considerando-o “um dos grandes poetas de língua portuguesa” e referindo que era neto de um português.

“Manifesto o meu pesar pelo falecimento de um dos grandes poetas de língua portuguesa, o brasileiro José Ribamar Ferreira, conhecido como Ferreira Gullar”, afirma Marcelo, numa nota divulgada na página da Presidência da República.

O Presidente da República considera que “o Prémio Camões, em 2010, reconheceu o lugar que já era seu na literatura em português”.

ZAP / Lusa

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