O parecer da APA que determinava a remoção dos resíduos do Vale da Rosa foi revertido. O Millenium BCP ainda não apresentou nenhuma solução.
Há 80 mil toneladas de escórias de alumínio abandonadas no Vale da Rosa, em Setúbal. No ano passado, um parecer da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) considerou que estes resíduos eram perigosos e determinou a sua remoção.
Agora, escreve o semanário NOVO, o Governo voltou atrás no parecer, deixando o banco “com encargos consideravelmente mais baixos e margem de manobra até para deixar os resíduos nos terrenos e proceder apenas à sua utilização em obras”.
A alteração na classificação surgiu após a Universidade do Minho apresentar um estudo que ia ao encontro da vontade do proprietário do terreno, o Millenium BCP.
Fonte próxima do banco confirmou ao semanário que o Millenium “ainda não realizou qualquer remoção ou apresentou um plano oficial para a utilização dos resíduos e requalificação dos terrenos”.
Os resíduos estão no local, pelo menos, desde 2004. O Millenium ficou encarregado da sua gestão após os ter herdado da Pluripar, empresa do Grupo Banco Português de Negócios que ficou insolvente.
A remoção das 80 mil toneladas de escórias de alumínio não é do interesse do banco, uma vez que a operação custará cerca de 10 milhões de euros.
Apesar do parecer da APA ter sido revertido, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo notificou o Millenium para apresentar “no prazo de 30 dias uma proposta de solução para a correta gestão dos resíduos”. Quatro meses depois, ainda nenhuma decisão foi tomada.
“Deverá ter em conta as alternativas de valorização/encaminhamento apontadas no estudo da Universidade do Minho e definir a respetiva calendarização dos trabalhos de valorização/remoção dos resíduos”, explica a presidenta da comissão, Teresa Almeida.
Em setembro do ano passado, o PCP-Setúbal escrevia que era “urgente garantir que os resíduos depositados no Vale da Rosa serão encaminhados para destino final adequado e que os solos e a água serão descontaminados”.
“A confirmação da presença de níveis de arsénio no solo e na água acima dos valores limite é alarmante e assume particular gravidade face à proximidade deste depósito com o rio Sado e com propriedades agrícolas, constituindo um problema ambiental e de saúde pública que não pode ser ignorado e exige medidas imediatas”, escreve ainda o partido comunista.
A Universidade do Minho vende pareceres à vontade do freguês?
Com um Banco e especialmente do tipo BCP envolvido, não admira nada.
Qual o advogado conselheiro?
Não é Millennium???
Millenium BCP.
Então é Millennium BCP
Ainda vamos ser nós, contribuintes, a ter que pagar essa limpeza. Já vimos de tudo e portanto não é de admirar
VERGONHA
Coitado do milenium ! Não tem dinheiro suficiente para tratar do assunto.
Os culpados são os vizinhos de certeza !!!
Os artistas que importaram o lixo,os artistas que o lá depositaram, os artistas que o deveriam ter evitado, os artistas que deveriam ter fiscalizado a situação, ninguém tem culpa.
Como é que esta porra há-de evoluir, quando o dinheiro tudo subverte …
A começar pelos que têm o poder de decidir e são fortes com os fracos d fracos com os fortes e poderosos. Inclusivamente alguns cuja justiça abraçaram como missão e que na prática parece que passam a vida a prevaricar. Mas apenas parece…!
Ae optassem por enviar este artigo por e-mail para Zero ou a Quercus, sera que adiantava algo?!
Srs do ZAP,
Onde escreveram ” ia de encontro” devem escrever ” ir ao encontro”.
As duas frases têm sentidos opostos.
“Ir de encontro” significa ” ir contra” o que, manifestamente, não é o sentido apropriado no texto.
Infelizmente é muito comum ver na CS ( falada e escrita), comentadores, etc, cometerem este erro.
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.