Depois de se considerar que o cabeleireiro matou a mãe e se suicidou em seguida, há agora um novo suspeito de ter matado Maurício Leal e a progenitora na sua mansão.
A investigação da morte de Maurício Leal, o cabeleireiro mais famoso da Colômbia, continua a ganhar contornos ainda mais chocantes.
Com 47 anos, Maurício Leal estava a atravessar o seu melhor momento profissional, com marcações cheias no seu estabelecimento em Bogotá e com contratos prontos para assinar com a Victoria’s Secret e com a Miss Universo.
A sua morte em Novembro de 2021 foi um choque para o país. A hipótese inicial era de que teria sido o cabeleireiro a matar a progenitora com um punhal e a suicidar-se de seguida, lembra o DN.
Ao lado de ambos os corpos estava um bilhete onde se lia: “Amo-vos, perdoem-me, não aguento mais. Aos meus sobrinhos e irmãos deixo tudo. Todo o meu amor, perdoa-me, mamã”.
Agora, cerca de dois meses depois do caso ter acontecido, há novas suspeitas a recaírem sobre o irmão mais velho de Leal. A polícia acredita que este terá forçado Maurício a escrever a nota antes de o matar e à mãe.
Na manhã de 22 de Novembro, dia em que morreu, Leal também enviou uma mensagem a um dos trabalhadores a avisar que ia tirar o dia de folga, algo muito raro para o cabeleireiro, especialmente já com os clientes à sua espera.
A investigação aponta agora que Maurício Leal já estaria morto há muitas horas quando esta mensagem foi enviada e que teria sido Jhonier, o seu irmão, a escrevê-las. A reconstituição do caso revela que Jhonier e o motorista do cabeleireiro teriam chegado à mansão de Maurício por volta das 14h40.
As portas estavam trancadas, tendo um dos funcionários entrado no quarto pela janela e visto os corpos de Maurício e da sua mãe. O Ministério Público colombiano exigiu agora detenção de Jhonier.
Quando a polícia foi a sua casa para o prender na sexta-feira, encontrou documentos das propriedades que tencionava agora herdar da família. O irmão mais velho de Maurício, que partilhava a casa com o irmão e a mãe, defendeu-se dizendo que tinha saído de casa de manhã enquanto os dois ficaram a tomar o pequeno-almoço.
No entanto, a autópsia mostrou que os dois já estavam mortos há mais de um dia nessa manhã em que Jhonier supostamente os deixou em casa. A polícia lembra também os cortes nãos suas mãos, que na altura o suspeito alegou terem resultado de um acidente com uma tesoura.
A investigação sobre as mortes levou à descoberta das ligações de Maurício Leal ao tráfico de droga, especialmente ao grupo La Gran Alianza — um sindicato de traficantes de droga de Cali — e a suspeitas de branqueamento de capitais e enriquecimento ilegal, especialmente.
As autoridades querem agora expropriar os bens de pessoas que fazem fortunas através do crime.
” A restituição do caso revela que Jhonier e o motorista do cabeleireiro (…)”
À Edição do ZAP:
Não seria “reconstituição” o termo adequado?
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.