Não há problema em não cumprir promessas? Está errado. Dar aos outros o direito de nos “editar”? Está mal.
Convenhamos que não é propriamente o artigo mais apropriado para ser publicado no denominado Dia dos Namorados.
Mas aqui vão indicações sobre como se identifica uma pessoa…miserável. Vamos andar à volta de promessas, de emoções, de dias piores e do fracasso.
Tudo à boleia do portal Your Tango, que começa logo com uma distinção essencial para o que se segue: a diferença entre miséria “necessária” e miséria “desnecessária”.
A miséria necessária é a felicidade que tem um motivo lógico, compreensível – por exemplo, a tristeza, os dias miseráveis que temos, quando morre alguém próximo.
A miséria desnecessária é a felicidade que não se justifica. Quando criamos uma “tempestade num copo de água”, pegando num provérbio muito conhecido.
Vamos focar-nos nesta segunda.
O primeiro sinal é quando a pessoa é demasiado suave, permissiva, com ela própria. Mas no mau sentido: quando diz a ela própria que está tudo bem por não ter cumprido uma promessa que fez a ela própria. “Ia acabar hoje aquela tarefa complicada do emprego, mas não acabei. Não faz mal” – faz mal, faz. Se calhar é altura de ser mais realista nas promessas, nos planos. Deixe as promessas difíceis. E deixe de proteger constantemente o seu ego com o “não faz mal” que se segue: porque, assim, o falhanço passa a ser a rotina. E isso pode ser preocupante para a sua auto-confiança.
O segundo sinal é quando deixamos que as outras pessoas influenciem, quase “editem”, as nossas emoções. Lemos um comentário sobre nós na internet, ficamos com o dia estragado; um colega de trabalho (com quem raramente falamos) critica-nos e só nos apetece ir logo para casa. Não devemos cair na vulnerabilidade de nos obrigamos a ser “populares”, a que todos gostem de nós. Limite esse critério para os familiares e amigos mais próximos.
Deixemos de comparar pixeis. Confuso? Uma pessoa atravessa um dia complicado e entre no Instagram para ver o que os amigos estão a fazer – e, como só vê momentos aparentemente felizes e todos sorridentes, está a comparar o seu pior dia com o aparente melhor dia dos outros. Não é equilibrado. Não compare a sua vida com a vida dos outros. A sua vida é… a sua vida. E, se comparar, tenha sempre em atenção o contexto (o seu e o dos outros).
Por fim, a definição de “fracasso”. Fracasso é quando falhamos; mas o fracasso também nos ensina muito. Quando falhamos, tentemo-nos lembrar de que aquele fracasso é um “pré-requisito para o sucesso”. É que a maioria das pessoas tem essa noção mas, quando falham, esquecem-se. E sofrem mais do que o necessário.