Militar morre em Beja após queda devido a falha em paraquedas

Um militar paraquedista português, de 34 anos, morreu esta sexta-feira na Base Aérea n.º 11, em Beja, durante a execução de um salto de queda livre e após o sistema de paraquedas não ter funcionado devidamente.

O acidente ocorreu às 09h40 e o militar do Exército Português estava a participar no exercício multinacional “Real Thaw 2019”, que decorre desde o dia 22 deste mês e até dia 4 de outubro, a partir da Base Aérea n.º 11, em Beja, e inclui operações em vários pontos de Portugal.

“Durante a execução de um salto de queda livre operacional, o sistema de paraquedas não funcionou devidamente, tendo resultado na queda do militar dentro do perímetro da Base Aérea n.º 11″, explica o Exército, em comunicado enviado à agência Lusa.

Após a queda do militar, “foram acionados os procedimentos de emergência médica”, indica o Exército, referindo que está a realizar o processo de averiguações para apurar todas as circunstâncias em que ocorreu o acidente.

Em declarações à revista Visão, fonte militar refere que o 1.º sargento estava “no topo da carreira nos paraquedistas” e era um militar experimentado.

Em comunicado, “o Exército lamenta o falecimento do militar, tendo apresentado as mais sentidas condolências à Família e tendo sido acionado o apoio psicológico”.

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, já reagiu ao incidente. “Foi com grande consternação que tomei conhecimento esta manhã da morte trágica de um militar do Exército durante um exercício. As minhas primeiras palavras, de pesar, são dirigidas à família enlutada”, pode ler-se numa declaração enviada à agência Lusa.

“Gostaria de manifestar também à família militar e aos amigos, as minhas sinceras condolências. Falei com o Estado-Maior do Exército que me garantiu estar a ser prestado o necessário apoio psicológico à família. Tenho também a informação de que estão a ser feitas as averiguações necessárias para apurar o que aconteceu“, conclui a nota.

O “Real Thaw 2019” envolve meios e militares da Força Aérea, da Marinha e do Exército de Portugal, das forças aéreas de Espanha, França e Estados Unidos e da NATO, num total de 600 militares e 21 aeronaves.

Segundo a promotora do exercício, a Força Aérea Portuguesa (FAP), o “Real Thaw 2019” visa avaliar e certificar a capacidade operacional de militares da FAP, “criando também condições únicas para que os meios da NATO treinem conjuntamente, desenvolvam interoperabilidade e reforcem a prontidão”.

As operações do “Real Thaw 2019” decorrem dia e noite, no ar, em terra e no mar, e foram planeadas para “terem o mínimo impacto no meio ambiente e na população”.

ZAP // Lusa

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