No ano passado, mais de 5 mil empresas foram apanhadas a desrespeitar os horários dos colaboradores. Há trabalhadores desgastados física e psicologicamente.
Mais de 5 mil empresas foram apanhadas, no ano passado, a desrespeitar os horários dos trabalhadores. Em causa estão 6.615 processos inspetivos abertos pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) a 5.589 empresas por “matérias relacionadas com organização dos tempos de trabalho”.
O Jornal de Notícias escreve que, destas inspeções, resultaram 278 processos a 255 empregadores pelo incumprimento dos direitos dos trabalhadores por turnos.
Ainda assim, a ACT realça que o número de fiscalizações e processos instaurados no ano passado é inferior ao registado em 2020. Os sindicatos alertam, no entanto, que muitos pedidos de fiscalização ficam sem resposta por falta de meios da ACT.
Para Rui Matias, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, a justificação da falta de meios é uma “desculpa clássica” e uma “falácia total”.
Os sindicatos também salientaram o desgaste físico e psicológico que este modelo provoca nos trabalhadores. “Chegam a fazer 12 e 16 horas”, denuncia Célia Portela, da União dos Sindicatos de Lisboa.
No setor social, há instituições que até não se importam de pagar a coima, em vez de corrigir as situações de infração.
Num estudo publicado em 2018, a Ordem dos Psicólogos realçou que o trabalho noturno e por turnos interfere negativamente com o bem-estar dos colaboradores.
“Todos os trabalhadores com quem falamos apresentam sinais de cansaço e desregulação”, assegura o sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercantes, em declarações ao Jornal de Notícias.
Por lei, os turnos têm a duração máxima de oito horas por dia, o correspondente a 40 horas semanais.
Vão ver o que se passa nas escolas de condução: desrespeito total pelos instrutores em que fazem 12,14,15 horas por dia! E ainda aos sábados. Esta prática abusiva é conhecida das entidades competentes, mas nada fazem… O crime compensa, ainda para mais à custa do sofrimento dos outros!
Vão ver??!
Mas, os instrutores não têm boca nem mãos? São criancinhas indefesas ou estão à espera de uma aparição em Fátima para as coisas se resolverem por milagre?
Enfim…
estiveram cá na empresa onde por imposição se trabalha 9 horas dias… já à varias queixas à ACT e resultado da inspeção?
nada, nada… nem mudanças, nem retroativos salariais, nada…
a empresa paga quase 10 mil euros de multa mas compensao no próprio mês com a hora extra “gratuita” diária…
Portugal é a China da Europa