Em Fevereiro de 2011, a Microsoft e a Nokia celebraram uma aliança na qual os dispositivos do fabricante finlandês seriam equipados com o sistema operativo Windows Phone – uma estratégia com a qual Steve Ballmer esperava impulsionar a presença da sua empresa no mercado da mobilidade.
Passaram três anos, a Microsoft, entretanto, comprou a divisão de dispositivos móveis da Nokia e anuncia agora que vai deixar cair a marca Nokia e mudar o nome oficialmente para Microsoft Mobile Oy no dia 25 de Abril.
Recorde-se que uma das principais ideias subjacentes ao acordo de 2011 era precisamente a oportunidade de ressuscitar a marca Nokia, que vinha a perder sucessivamente quota de mercado perante a transição dos consumidores de telemóveis tradicionais para smartphones. Aliás, a Nokia foi líder no mercado português durante muito tempo, até perder essa posição para a Samsung.
O fato é que, apesar dos esforços da Microsoft, a Nokia continuou a perder espaço num mercado amplamente dominado pela Google e pela Apple. Assim, à medida que Samsung e Apple vingavam na área de smartphones, a família Lumia da Nokia apresentava quotas de mercado pouco relevantes e mostrava-se incapaz de competir com a concorrência.
Mesmo com a Microsoft a investir muito dinheiro em marketing e promoção para os Nokia Lumia equipados com Windows Phone, os preços pouco atrativos e falta de adoção por parte dos consumidores foram determinantes para o fracasso dessa estratégia.
A juntar a isso, há que acrescentar o fator crucial de que os programadores de aplicações não aderiram em massa à plataforma, apesar dos esforços da empresa de Redmond. O resultado final parece ser um passo na direção certa: a divisão de dispositivos móveis da Nokia passará agora a chamar-se Microsoft Mobile Oy.