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Foram encontrados microplásticos num dos animais mais isolados da Terra

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Christopher Michel / Wikimedia

Ilha do Rei George, a cerca de 120 quilómetros da Península Antártica

Cientistas detetaram microplásticos no corpo de um dos animais mais isolados da Terra: uma pequena criatura que vive numa remota ilha da Antártida.

De acordo com a revista Newsweek, o estudo foca-se num grande pedaço de espuma de poliestireno encontrado, em 2016, nas margens da Ilha do Rei George, a cerca de 120 quilómetros da Península Antártica.

Este pedaço de plástico estava coberto de algas, musgos e líquenes, que fornecem alimento aos Cryptopygus antarcticus, uma espécie de colêmbolo encontrada na Antártida e na Austrália que mede entre um a dois milímetros de comprimento e pesa apenas alguns microgramas.

Os cientistas, cujo estudo foi publicado na revista científica Royal Society Biology Letters, analisaram os colêmbolos que encontraram nesta espuma plástica usando uma técnica chamada espectroscopia de infravermelho.

Esta técnica revelou a presença de pequenos fragmentos de poliestireno que mediam menos de 100 micrómetros de diâmetro – aproximadamente a largura de um fio de cabelo – no intestino deste animal.

Segundo a mesma revista, esta é uma descoberta importante, uma vez que se trata da primeira evidência com base no trabalho de campo de que os microplásticos contaminaram os animais terrestres antárticos, tendo entrado na cadeia alimentar de uma das partes mais remotas do planeta Terra.

Tal como acontece com outros animais, os microplásticos apresentam riscos para os colêmbolos. Estudos anteriores sobre outras espécies desta ordem noutros lugares do mundo indicaram que a exposição a estas minúsculas partículas de plástico podem levar a alterações no seu crescimento e na sua reprodução.

Além disso, os microplásticos também podem subir na cadeia alimentar da Antártida, pois os colêmbolos são comidos por animais maiores que, por sua vez, também são consumidos por outros animais e assim sucessivamente. Isto significa que os microplásticos podem acumular-se na cadeia alimentar, com riscos potenciais para todo o ecossistema.

ZAP //

5 Comments

  1. Ou então foi algum cientista radical que colocou lá o plástico , a comunidade científica perdeu toda a credibilidade ao ter sido politizada em que mtas vezes se contradiz

    • Cientista radical?!
      Hahahaaaa….
      A ciência não é uma crença – como as religiões, em que os ovelhas tem acreditar cegamente no que um palerma qualquer diz!

      • É sim. A ciência é a religião dos tempos modernos.
        Praticamente tudo o que a ciência diz não passa de teorias, especulações e simulações feitas em computador. As certezas são muito poucas. Hoje têm uma verdade e amanhã terão outra. E andam por aí muitas ovelhas a acreditar cegamente no que um palerma qualquer diz.

  2. Quando as nano partículas entram na corrente sanguínea e tropeçam na paredes dos vasos e ali ficam, provocam cancer.
    É preciso apanhá-lo e colocá-los em sítio próprio, antes o sol transformar em nano.

  3. Infelizmente é o legado que deixamos ao planeta. Não vivemos sem o plástico por muito mal que faça ao planeta.

    Felizmente para a vida na terra, há também animais que se adaptam e inclusive são capazes de usar plásticos como fonte de alimento, como é o caso de algumas bactérias.

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