PJ encontrou provas claras de radicalização à extrema-direita depois de o jovem ter ameaçado colocar bombas na Mesquita de Lisboa. Foi internado num centro educativo.
É um caso inédito na justiça portuguesa: um menor de 16 anos foi condenado por terrorismo, pelo Tribunal de Família e Menores de Cascais.
O jovem foi internado num centro educativo ao abrigo da Lei Tutelar Educativa, após ter proferido ameaças e discursos de ódio dirigidos a muçulmanos e imigrantes, incluindo ameaças de colocar bombas na Mesquita de Lisboa.
O caso teve início, segundo o Correio da Manhã, com uma denúncia apresentada pela Mesquita de Lisboa à Polícia Judiciária (PJ), na sequência de várias ameaças de bomba e mensagens de teor racista e xenófobo recebidas por email.
A investigação esteve a cargo da Unidade Nacional de Contra Terrorismo, que conseguiu identificar o autor das mensagens, surpreendendo-se ao constatar que se tratava de um menor, e filho de mãe imigrante.
Durante as diligências, a PJ realizou buscas na residência do jovem e encontrou provas claras da sua radicalização à extrema-direita, confirmadas pela análise ao seu computador pessoal.
As autoridades concluíram que o processo de radicalização ocorreu de forma isolada, através de contactos virtuais em sites e fóruns de extrema-direita, sem que houvesse indícios de recrutamento direto por terceiros.
Inicialmente, o jovem foi libertado após o primeiro interrogatório judicial, tendo em conta a sua idade. Mas poucos dias depois, publicou na Internet peças do processo, acompanhadas de comentários vistos como desrespeitosos dirigidos à polícia e aos tribunais — comportamento que levou o juiz a alterar a decisão e a ordenar o seu internamento num centro educativo.
De sublinhar que Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária, alertou recentemente para o aumento do recrutamento e da radicalização de jovens, sobretudo através da Internet. Assiste-se, neste momento, a um “recrutamento de camadas cada vez mais jovens através da Internet”, assentes em fake news e manipulação.
O caso surge depois de outro momento inédito na justiça portuguesa em relação ao terrorismo: a lei do terrorismo foi aplicada pela primeira vez a quatro dos seis detidos do Movimento Armilar Lusitano (MAL), a milícia de extrema-direita que foirecentemente desmantelada pelas autoridades e que planeava um assalto à Assembleia da República e ao Palácio de Belém.
condenado por terrorismo… sem ter colocado uma única bomba, sem ter feito uma única vítima… deve haver mais vítimas de violência doméstica que passam por terrores bem piores… não sei como aquele Rui Pinto não foi acusado de terrorismo “j) A interferência ilegal em sistema de informação com recurso a programa informático…”
Por tua vontade, deixai-os proliferar e depois logo se vê (quando acontecer algo a ti ou de quem gostes). O lugar dos bandalhos é na prisão
se o lugar de bandalhos é na prisão, não sei o que está a fazer aqui fora… vá tratar por tu os do seu bando… está a exagerar na sua reacção de pânico, faz lembrar o filme minority report, excepto aqui o moço cometeu um crime mas ir até terrorismo é um exagero… se comparar com o ataque à academia do sporting é nada semelhante… se comparar a grupos de familiares que invadem hospitais e supermercados à pancadaria, vai dizer-me que isto foi ou não estranho de o moço que ainda nem juízo tem ser condenado por terrorismo? os grupos podem proliferar, certo? ainda há dias no Seixal mais terrorismo grupal mas lá está, o problema era este rapaz… esconda-se se tem medo de bandalhos… ao menos seja coerente…
Este eu está sempre a surpreender-me, as vezes é carne outra vez é peixe… a erva, às vezes está adulterada
Coitado do miúdo que foi manipulado. É triste mas tem de ser internado mesmo a ver se recupera da lavagem cerebral.
O Corona deu cabo duma geração que ficou fechada em casa na transição da infância para a adolescência, uma fase muito importante de desevolvimento das competências sociais onde o jovem se torna mais autónomo e independente.
E só uma nota para o senhor “Eu”: terrorismo não por bombas, terrorismo é espalhar o terror, e o jovem estava mesmo a espalhar o terror mesmo sem violência física.