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Estágios, contratos sem termo: 300 milhões em medidas anti-desemprego jovem

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Miguel A. Lopes / LUSA

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho

Programa +Talento centra-se em três prioridades: estágios, reter em Portugal o talento mais qualificado e incentivar a contratação sem termo.

Os jovens com menos de 35 anos passarão a poder beneficiar de mais políticas ativas de emprego, anunciou o Governo nesta quinta-feira.

Foram aprovadas, em Conselho de Ministros, medidas para combater o desemprego, essencialmente o desemprego jovem.

Maria do Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, lembrou que a taxa de desemprego baixou para 6,1% no segundo trimestre de 2024, mas o desemprego jovem é de 22% e continua a ser muito superior à taxa registada no geral da população.

Por isso, foi aprovado o +Talento, um programa para jovens desempregados qualificados que apoia estágios profissionais e dá incentivos financeiros à contração de jovens qualificados, sem termo, com remuneração não inferior à de um licenciado na carreira geral de técnico superior na Administração Pública.

O +Talento pretende financiar 15.000 estágios e apoiar 2 500 contratos. Terá um custo total de 300 milhões de euros.

A ministra do Trabalho falou sobre iniciativas novas, mas outras são medidas que são “calibragem” de regras que já existiam.

O ECO especifica as três medidas globais: apoio aos estágios, reter em Portugal o talento mais qualificado e incentivar a contratação sem termo.

Os jovens que com ensino secundário ou pós-secundário completo vão ser mais apoiados nos estágios profissionais que durem seis meses.

Para os jovens que concluíram licenciatura ou mestrado, há um investimento de 100 milhões de euros em apoios: uma bolsa que cobrirá 65% do valor dos estágios profissionais com duração de seis meses e um incentivo à contratação sem termo – a tempo completo – com um salário inicial superior a 1.385,98 euros.

O terceiro foco, que custará 135 milhões de euros, é um apoio financeiro à contratação sem termo de desempregados inscritos no IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional. São elegíveis os desempregados que estejam inscritos, pelo menos, há três meses.

ZAP //

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4 Comments

  1. Medidas sem qualquer fundamento que violam a Constituição e não resolvem o problema do desemprego baseadas numa falsa definição a que dão o nome de “desemprego jovem”, quando não existe tal realidade pois o desemprego não faz distinção entre idades e gerações; o que há é desemprego ao qual os Portugueses são submetidos – independentemente da idade – dos 18 aos 66 anos devido às más políticas praticadas nesse sentido.
    Com estas medidas o Governo liderado pelo Sr.º Primeiro-Ministro, Luís Esteves, revela não ter capacidade para dar emprego aos Portugueses, mantém o mau funcionamento do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) recusando fazer as reformas e a substituição de funcionários (desde o topo até à base da cadeia hierárquica) que esta entidade necessita e acabar com as medíocres e falsas “formações” que lá são ministradas por longos períodos e não servem para nada, com disciplinas sem qualquer sentido, sob a batuta de pseudo-formadores, e todo um conjunto de irregularidades que lá se pratica e demonstram a dificuldade que o IEFP tem em resolver o problema de desemprego dos Portugueses.
    O «Programa +Talento» trata-se de chular a Classe-Média que vai ter de pagar tudo isto, e da compra de votos, um programa que poderia ser feito de forma diferente e melhor para dar emprego aos Portugueses e tirar o País do sub-desenvolvimento,.
    Portugal vive uma grave situação laboral, temos as piores e mais mal preparadas gerações de sempre aquelas que possuem 12º ano, licenciatura, mestrado, ou doutoramento, e as melhores e mais bem preparadas gerações de sempre compostas por homens e mulheres com experiência laboral devidamente comprovada, especialidades credenciadas, que se encontram submetidos ao desemprego num País onde até para empregado de balcão se entra por cunha, os concursos públicos são viciados e existe a prática do crime de tráfico de influências/cunhas, e se inventam teorias de que um Português não pode trabalhar porque não ter o 12º ano quando na verdade a escolaridade obrigatória em Portugal é definida pela data de nascimento.

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  2. Medidas para meter num saco e deitar fora…
    Estágios e estágios…
    Eternos estagiários…
    A malta qualificada saí para fora do país com contrato de trabalho garantido, não é para estágios.

    Medidas de m…

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  3. Este Governo já fez mais em 5 meses do que o A. Costa fez em 7 anos. Por inação do anterior Governo, o amigo Sócrates a ver os crimes a prescrever. Ainda o vamos ver como perseguido politico e a candidatar-se a PR. È ele ou o “Habituem-se” A. Costa.
    Como dizem os italianos “Porca Miséria”.

  4. TREZENTOS MILHÕES dados de mão beijada ao patronato que queira afazer-se a eles. Depois ficará tudo mais ou menos na mesma.
    Mas trabalho não falta. Falta é quem esteja disposto a trabalhar, preferindo esperar por qualquer emprego de fazer de conta…
    Também há quem entenda que os salários devem estar de acordo com as habilitações académicas e não propriamente com as funções que se desempenha. E entretanto o Fundo de Desemprego vai ficando com o fundo à vista.

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