O medicamento foi muito eficaz no tratamento dos linfomas de zona marginal, mas já teve menos sucesso nos pacientes com linfoma folicular. Este tipo de cancro costuma ser resistente à quimioterapia.
Um novo estudo publicado na Blood Advances mostrou resultados promissores para o medicamento oral zanubrutinib no tratamento de doentes com linfoma de zona marginal, que cresce lentamente. Os tumores diminuíram em 80% dos 20 pacientes que fizeram parte da amostra e um quinto destes entrou em remissão total.
Apesar dos resultados positivos nestes doentes, a taxa de resposta para os pacientes com linfoma folicular — uma doença semelhante ao linfoma de zona marginal — já foi bastante mais reduzida, tendo apenas 18% dos pacientes mostrado não ter sinais do cancro após a toma do medicamento.
Os linfomas são um tipo de cancro que afeta o sistema linfático e os tecidos e órgãos que produzem e guardam os leucócitos. Os linfomas de zona marginal e foliculares desenvolvem-se quando os leucócitos chamados células B sofrem danos e começam a crescer descontroladamente. Até agora, a quimioterapia não tem sido eficaz no tratamento destes turmores.
O zanubrutinib é um novo tipo de medicamento que funciona como um inibidor da enzima Bruton Tyrosine Kinase, que tem um papel essencial na sinalização do caminho de que os linfomas precisam para continuarem a crescer, nota o SciTech Daily.
Os efeitos secundários mais notórios foram diarreia, hematomas, irritação na pele, constipações, febres e níveis mais baixos de glóbulos brancos no sangue. Esta quebra pode ajudar a explicar a aparição dos outros efeitos secundários, já que estes glóbulos, também conhecidos como leucócitos, são essenciais no combate a infeções e integram o nosso sistema imunitário.
A Administração de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos já aprovou a administração do zanubrutinib a adultos com linfoma de zona marginal que não tenham obtido resultados através de outros tratamentos.
“As opções de tratamento com uma tolerância melhorada e um melhor controlo da doença era necessárias para o linfoma de zona marginal e o linfoma folicular. Apesar do tamanho pequeno deste estudo limitar as suas conclusões, a segurança e eficácia destes resultados mostram o potencial do zanubrutinib para o tratamento destes cancros”, revela Tycel Phillips, autor principal do estudo.
Ainda bem!