Chef Mario Batali vende restaurantes após ser acusado de agressões sexuais

O chef norte-americano Mario Batali, denunciado por várias mulheres por violação e agressão sexual, vendeu a sua participação em todos os seus restaurantes, anunciou hoje a nova empresa que os agrupa.

“Queremos dizer a todos que Mario deixou completamente os nossos negócios. Esta semana adquirimos a sua participação nos nossos restaurantes”, escreveram os irmãos Tanya e Joe Bastianich, sócios de Batali por duas décadas, numa carta aos funcionários do grupo.

Os Bastianich também confirmaram a dissolução do grupo Batali & Bastianich Hospitality, cujo valor chegou a ser estimado em cerca de 221 milhões de euros, e a criação de uma nova empresa.

O chef de ascendência italiana também está a negociar a venda da sua parte na loja Eataly, em Nova Iorque, um gigante estabelecimento comercial onde os seus molhos e mais de dez livros de receitas vão deixar de ser vendidos, informou um porta-voz da Eataly ao The New York Times.

No ano passado, Batali foi acusado por uma funcionária de a ter violado, em 2005, no “The Spotted Pig”, um dos seus 26 restaurantes localizados em Greenwich Village e frequentado por celebridades. O chef nega todas as acusações.

A mulher, que não quis ser identificada, disse que o chef a drogou e violou quando estava inconsciente, relatando que, quando voltou a si, tinha esperma nas suas roupas. Após ir ao hospital, a mulher entrou em contacto com a polícia, mas acabou por desistir de apresentar uma queixa, sendo que provas de violação que tinham sido recolhidas no hospital não foram guardadas.

Uma funcionária do “The Spotted Pig”, Jamie Seet, afirmou ter testemunhado um incidente semelhante, em 2008, através das câmaras de vigilância do restaurante, contando que vários funcionários tiveram de intervir para impedir o abuso contra uma mulher que estava inconsciente.

O outrora prestigiado chef, conhecido pelo seu rabo-de-cavalo ruivo e crocs laranja, já tinha sido acusado de assédio sexual, com as acusações a levarem-no a pedir desculpas pelos seus “numerosos erros” e a abandonar o programa televisivo “The Chew”, do qual era uma das estrelas.

// Lusa

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