“Marge Simpson” encontrada em caixão egípcio com 3500 anos

Múmia não era, na verdade, a famosa mãe de família de Os Simpsons, mas sim a filha de um importante sacerdote da “era dourada” do antigo Egito.

Os Simpsons já viajaram juntos pelo mundo vezes sem conta, mas a mãe da degenerada família, que está há quase 35 anos no pequeno ecrã, parece ter feito uma viagem a solo há muitos milhares de anos.

Num caixão com cerca de três mil e quinhentos anos, arqueólogos encontraram a sósia de Marge Simpson. Parece que desta vez não foi o desenho animado a prever o futuro, como já nos habituou, mas sim algo ou alguém a prever a existência da família de Springfield — neste caso, o Egito.

A descoberta teve lugar há nove meses num antigo cemitério em Minya, no Egito, recheado de túmulos destinados a altos funcionários e sacerdotes do Império Novo, da XX.ª Dinastia (1186 – 1069 a.C.), que remetem à “era dourada” do antigo Egito.

Os faraós desta era, como Tutancâmon, Ramsés II e Hatshepsut, foram sepultados em túmulos elaborados no Vale dos Reis, uma necrópole situada na margem oeste do Nilo, perto de Luxor.

Num dos túmulos encontrados recentemente, a tampa superior do caixão exibe a imagem de uma mulher de tom de pele amarelo, a usar um vestido verde, longo e sem alças e com uma grande cabeleira azul apontada para o céu — tal e qual a mãe de Bart, Lisa e Maggie.

O caixão pertence a Tadi Ist, filha do Sumo Sacerdote de Djehouti em Ashmunein, avançou o Egyptian Gazette. Mumificada, foi encontrada com uma máscara e um vestido de contas.

Gravuras e pinturas em homenagem e representação do falecido são prática comum em sarcófagos da época, marcada pela “democratização” do pós-vida. Todos aspiravam pela vida eterna, das pessoas mais comuns aos monarcas, detalha o The Archaeologist. Em muitos casos, era comum inserir uma gravura do Livro dos Mortos — um compêndio de feitiços que guiavam o morto no mundo espiritual — junto às múmias, em caixões e tumbas.

As tampas dos caixões deste período também incluíam hieróglifos — imagens dos mortos num “estado sereno” com divindades protetoras e simbolismo em seu redor.

Egyptian Ministry of Tourism & Antiquities

Um dos caixões encontrados no cemitério da “era dourada”.

Tomás Guimarães, ZAP //

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