O Lago das Medusas, em Palau, é o lar de milhões de medusas douradas. Nestas águas, nem as medusas se atrevem a ir abaixo dos 15 metros – onde a água está saturada com um gás extremamente venenoso.
O Lago das Medusas é uma piscina de água salgada na ilha de Eil Malk, em Palau, repleta de medusas douradas (Mastigias papua etpisoni) — uma subespécie que não é encontrada em mais lado nenhum da Terra.
O local é muito requisitado pelos mergulhadores mais aventureiros, que têm a possibilidade de nadar com milhões de medusas.
De acordo com a Coral Reef Research Foundation (CRRF), o lago abriga atualmente cerca de 5 milhões de medusas. No entanto, há anos em que este número é consideravelmente maior. Em 2005, por exemplo, eram mais de 30 milhões.
E mergulhar com as medusas não é perigoso? Não, embora as medusas douradas tenham células urticantes, a picada é tão suave que os humanos não a sentem.
Os visitantes podem nadar com segurança no Lago das Medusas. Por outro lado, devem ter cuidado para não introduzir acidentalmente espécies não nativas no lago, uma vez que estas podem pôr em perigo o frágil ecossistema.
Por cima das águas mais tóxicas
Apesar do lago estar ligado ao oceano através de pequenas fendas na rocha calcária de Eil Malk, é considerado um ecossistema isolado.
Como explica a Live Science, o Lago das Medusas é altamente estratificado, o que significa que está separado em camadas distintas.
As medusas douradas habitam a camada superior, que se estende da superfície até cerca de 13 metros de profundidade.
A 13 e 15 metros de profundidade, o lago tem bactérias cor-de-rosa que impedem a luz e o oxigénio de chegar à camada inferior do lago, que fica entre 15 e 30 metros de profundidade.
A camada rosa do Lago das Medusas existe porque as condições nessa camada são adequadas para um tipo de bactérias de cor-de-rosa. Essas bactérias criam uma barreira entre a camada superior oxigenada do lago e a camada inferior sem oxigénio. Essa barreira, por seu turno, sobe e desce dependendo das mudanças de densidade da água.
A falta de oxigénio sob a camada rosa é mortal para a maioria dos seres vivos.
Além disso, a decomposição de plantas e animais no fundo deste famoso Lago liberta gás sulfídrico venenoso – o que significa que apenas certos micróbios conseguem sobreviver naquele local.