Juan Carlos investigado por transferência suspeita de 65 milhões de euros

Aleph / Wikimedia

Juan Carlos I de Espanha

As autoridades suíças estão a investigar o “presente” de 65 milhões de euros do rei emérito à sua alegada ex-amante e ao filho desta.

Segundo o jornal El Mundo, em causa está a “doação” de 65 milhões de euros do rei Juan Carlos I à sua alegada ex-amante, Corinna Larsen, e ao filho desta, Alexander Kyril zu Sayn-Wittgenstein, agora com 18 anos.

A transferência foi feita, em 2012, supostamente depois de o rei emérito ter fraturado a anca durante uma caçada de elefantes no Botsuana. Nessa viagem, Juan Carlos estava acompanhado pela ex-princesa, que foi casada com o príncipe alemão Johann Casimir zu Sayn-Wittgenstein-Sayn, e pelo seu filho.

Larsen já foi ouvida pela Justiça suíça e, em declarações à agência EFE, o seu advogado afirmou que esse dinheiro se deveu ao “carinho” que o rei espanhol nutria por ambos.

Segundo a filantropa alemã, Juan Carlos terá prometido ao jovem que lhe daria uma prenda pelo seu décimo aniversário, antes do acidente no Botsuana. O objetivo seria compensar o jovem por não terem feito o safari que lhe estava prometido.

De acordo com o jornal El Confidencial, as autoridades judiciais suíças pretendem desvendar a origem deste “presente”. As suspeitas indicam que o dinheiro será proveniente de uma transferência de 89 milhões de euros, em 2008, do Governo da Arábia Saudita e que resultou na entrega da Ordem do Tosão de Ouro ao monarca saudita.

O Ministério Público suíço acredita que o dinheiro chegou às mãos do rei emérito depois de passar por testas-de-ferro e uma offshore, o que poderá significar que foi ocultada uma fortuna ainda maior.

Em 2018, Larsen foi apanhada a fazer várias denúncias contra o monarca, nomeadamente confessando que é sua testa-de-ferro e revelando que tem contas bancárias em paraísos fiscais.

ZAP //

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