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Investigadores criam primeiro CPU fotónico funcional

Glenn J. Asakawa / University of Colorado

Detalhe do primeiro processador fotónico funcional. O chip comunica com o exterior usando raios de luz.

Detalhe do primeiro processador fotónico funcional. O chip comunica com o exterior usando raios de luz.

Nada melhor que a época de Natal, cheia de luz, para ser anunciado um novo avanço nos chips que comunicam usando luz.

Investigadores da Universidade de Colorado-Boulder, do Massachusetts Institute of Technology, e da Universidade da California / Berkeley anunciaram ter criado o primeiro CPU fotónico funcional, e que ainda por cima foi feito usando as mesmas técnicas de fabrico dos chips convencionais.

O novo chip foi descrito num artigo publicado esta quarta-feira na revista Nature.

Numa altura em que se vão combatendo os limites físicos da miniaturização dos chips electrónicos, a utilização da luz para substituir a electricidade tem sido encarada como um dos caminhos para permitir o avanço das capacidades dos computadores.

Neste caso, não se trata de um chip 100% fotónico, mas sim de um microprocessador que combina os tradicionais blocos electrónicos com 850 elementos fotónicos que lhe dão a capacidade de comunicar directamente usando luz em vez de electricidade.

Tradicionalmente, este tipo de integração obriga a utilizar blocos extra, fora do chip, para fazer a conversão entre luz/electricidade e electricidade/luz.

Mas este chip demonstra que isso pode ser feito directamente no chip, e usando métodos que podem ser facilmente adaptados às fábricas de produção de chips já existentes.

As vantagens é que assim se podem criar chips com capacidade de comunicação que podem ser até 50x superiores às dos CPUs actuais, e que ainda por cima gastam muito menos energia.

Outra vantagem é a redução das interferências electrónicas geradas pelas transmissões de dados a alta velocidade – e também a possibilidade de se poderem criar novas estruturas… por exemplo, colocando um CPU a – literalmente – quilómetros de distância da RAM e outros componentes.

Os clientes mais interessados serão os fabricantes de hardware para telecomunicações e redes… e sem dúvida que a NSA também estará interessada em chips que permitam espiar ainda mais quantidade de dados de forma ainda mais eficiente.

Mas pronto, por agora ficaríamos satisfeitos por ter chips com velocidades de comunicação mais rápidas e que fossem mais poupados.

Aberto até de Madrugada

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