O verdadeiro inventor do fósforo não quis patenteá-lo — e a sua criação acabou “roubada”

O verdadeiro inventor do protótipo do fósforo moderno não quis patentear a sua criação e por pouco não acabou esquecido pela História.

Em 1826, o químico inglês John Walker estava a raspar alguns produtos químicos com um bocado de madeira, quando de repente este pegou fogo. Walker tinha acabado de inventar acidentalmente um protótipo do fósforo moderno.

A sua criação era feita de madeira ou cartão revestido de enxofre e cobertos por uma mistura de sulfeto de antimónio, clorato de potássio e goma, servindo o enxofre para comunicar a chama à madeira.

Apesar de vários dos seus colegas terem encorajado Walker a patentear a invenção, o químico recusou-se a fazê-lo. O cientistas de 46 anos queria que os seus fósforos estivessem disponíveis para qualquer pessoa que precisasse deles.

Depois de a invenção de Walker ter sido tornada pública, o inventor Sir Isaac Holden começou a produzir fósforos e ficou conhecido com o seu inventor.

A suposta data da descoberta, de acordo com o próprio Isaac Holden, foi outubro de 1829. No entanto, o livro de vendas de Walker, encontrado mais tarde, contém a conta de 250 vendas de fósforos, a primeira entrada com a data de 7 de abril de 1827.

Quando o livro de vendas de Walker foi descoberto, o governante da cidade de Stockton-on-Tees, onde o cientista nasceu, decidiu erguer um busto em sua honra. Contudo, 40 anos mais tarde, veio-se a descobrir que se

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O químico e inventor inglês John Walker.

enganaram e o rosto da estátua pertencia ao John Walker errado.

Seguindo as ideias do químico francês Charles Sauria, que em 1830 inventou o primeiro fósforo verdadeiramente à base do elemento químico fósforo, substituindo o sulfeto de antimónio por fósforo branco, a invenção foi patenteada pela primeira vez nos Estados Unidos em 1836, em Massachusetts, sendo menor em tamanho e mais seguro de usar.

O fósforo branco foi posteriormente banido para uso público devido à sua toxicidade. Os fósforos de hoje foram criados pelo químico sueco Gustaf Erik Pasch.

Daniel Costa, ZAP //

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