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Ingleses medievais mutilavam cadáveres com medo que se tornassem zombies

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Uma investigação realizada arqueólogos britânicos revelou que, na Idade Média, os habitantes de Yorkshire, em Inglaterra, cortavam, esmagavam e queimavam os esqueletos dos mortos para garantir que não ressuscitavam.

“A hipótese de que os restos dos habitantes de Wharram Percy foram desmembrados e queimados para impedir a sua transformação em zombies, corresponde da melhor forma ao que descobrimos e sabemos sobre este local”, afirmou Simon Mays, do Instituto de Southampton, no Reino Unido, citado pela JAS: Reports.

“Se tivermos razão, teremos a primeira prova arqueológica de que a história medieval britânica teve um lado tenebroso e que a mentalidade das pessoas naquela época era completamente diferente”, acrescentou.

A equipe, chefiada pelo arqueólogo Alistair Pike da Universidade de Southampton, fez esta descoberta admirável ao realizar escavações no território da aldeia abandonada de Wharram Percy, situada no norte da Inglaterra, no condado de Yorkshire.

Em meados da década de 60, os cientistas que estavam a investigar Wharram Percy encontraram um cemitério de ossos humanos que tinham indícios de danificações, cortes e queimaduras.

Ao analisarem as várias descobertas nesse local, Pike e os seus colegas deram uma atenção especial a estes ossos, que lhes fizeram lembrar o “produto final” de um procedimento peculiar frequentemente descrito nas histórias medievais da época em que a aldeia ainda existia.

De acordo com o estudo, trata-se de um ritual específico que impede a transformação dos mortos em “zombies“. Nas histórias antigas, as pessoas defendiam-se dessa “magia negra” cortando e queimando os esqueletos dos mortos para garantir que não voltavam.

A Idade Média, segundo os arqueólogos, foi uma época dura em que as pessoas enfrentavam fome e eram obrigadas a praticar canibalismo por não haver outras fontes de alimentos.

No caso dos esqueletos encontrados em Wharram Percy, essa situação é pouco provável, já que os ossos tinham uma medula óssea que os canibais provavelmente teriam comido. O assassinato dos forasteiros também parece uma teoria pouco convincente porque todos os ossos pertenceram a habitantes da aldeia.

Deste modo, Pike e os seus colegas afirmam que a hipótese extravagante sobre a luta dos residentes da aldeia contra a invasão potencial dos “zombies” é a mais provável.

Os cientistas ainda não sabem porque é que os cidadãos de Wharram Percy mutilavam os restos mortais dos seus conterrâneos, mas supõem que esse procedimento possa estar relacionado com atividades da igreja local.

ZAP //

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