Influenciadores sociais vão ajudar a DGS a promover literacia em saúde

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O novo Plano Nacional de Literacia em Saúde da DGS vai contar com a ajuda de influenciadores locais para sensibilizar a população.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) vai apresentar, esta quarta-feira, em Mafra, o Plano Nacional de Literacia em Saúde e Ciências do Comportamento 2023-2030.

A criação de um observatório, para monitorizar tendências e avaliar os impactos dos programas de intervenção, e de uma plataforma para divulgar boas práticas são duas das sugestões que constam plano.

Além disso, “microinfluenciadores” locais vão difundir mensagens destinadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças, conta o Jornal de Notícias.

Este plano sucede ao de 2019-2021 que, de acordo com o JN, revelou ter havido um aumento de 22,6% do número de portugueses com um nível “suficiente” de literacia em saúde, fazendo subir o número para 65%. 5% ter-se-á apresentado com um nível “excelente”.

Pela negativa, 22% tinha um nível “problemático” e 8% um nível “inadequado”.

O documento da DGS sublinha a necessidade de “reorganizar e recentrar o foco das ações na promoção de comportamentos e ambientes salutogénicos”.

O objetivo é sensibilizar as pessoas para a adoção de estilos de vida saudáveis, depois de um período durante o qual o sistema de saúde mobilizou parte da sua atenção e recursos para a gestão da pandemia.

O plano reconhece que a literacia em saúde em Portugal tem vindo a melhorar e lembra que o passo para promover a literacia em saúde é “identificar e caracterizar as populações mais vulneráveis”.

Entram nesse lote pessoas com 65 anos ou mais, de baixos rendimentos, com baixo nível de escolaridade, elevada frequência dos cuidados de saúde primários e que têm perceção má da sua saúde.

Apesar da evolução, o documento recorda que a literacia em saúde “continua a ser uma das necessidades sentidas pela população e pelos profissionais de saúde, surgindo também como uma das prioridades de intervenção”.

“A intervenção nos determinantes de saúde, de forma planeada e ao longo de todo o ciclo de vida, potencia ganhos em saúde, uma vez que contribui para a redução da carga de doença – tanto no que diz respeito a doenças transmissíveis, como não transmissíveis”, sublinham os autores.

A missão deste plano, frisam, é contribuir para a criação, aplicação e desenvolvimento de “ecossistemas para que todas as pessoas residentes em território nacional reconheçam as vantagens da adoção de um estilo de vida saudável, da navegação adequada no Serviço Nacional de Saúde e da importância da gestão da doença”.

Na semana passada, a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLP) publicou um manual, para ajudar os cidadãos e os especialistas /profissionais de saúde a combater a falta de literacia em saúde em Portugal.

“Microinfluenciadores” vão ajudar a DGS

Para melhorar os níveis de literacia em saúde da população, o plano da DGS considera que a criação de um Observatório de Literacia em Saúde “é fundamental”.

O objetivo é identificar lacunas e monitorizar as tendências de evolução da literacia em saúde, avaliar os impactos de programas e intervenções, identificar grupos vulneráveis, promover a equidade em saúde e apoiar a formulação de políticas públicas.

Além do observatório, sugere a criação de uma plataforma para divulgar boas práticas na área da promoção da saúde.

Ao Jornal de Notícias, Miguel Arriaga, chefe da Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar da DGS, sugere a “difusão de mensagens a diferentes públicos-alvo através de influenciadores sociais”.

“Bombeiros, agentes da PSP, militares da GNR, pessoas dos serviços de ação social dos municípios, que estão próximas da população e que são conhecidas pela sua atividade diária”, esclareceu Miguel Arriaga.

O plano prevê a criação de um curso de comunicação e saúde, para “colmatar as necessidades de profissionais de saúde e de pacientes”, abordando temas como a empatia, estilos de comunicação e relações interpessoais.

A colaborar estará a iniciativa “Let’s Talk About It”, da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), que pretende partilhar informação fidedigna e baseada na melhor evidência científica em momentos-chave durante o ano. As publicações são, posteriormente, partilhadas nas redes sociais da ANEM.

O plano integra ainda o desenvolvimento, em parceria com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), de uma campanha sustentada nas Ciências do Comportamento, com o recurso a “apelos emocionais” para promover a literacia em saúde na dádiva de sangue.

Entre outras ações, está também prevista a elaboração de um Guia de Autocuidado para Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável, para aumentar os níveis de literacia em saúde deste grupo etário.

O Plano Nacional de Literacia em Saúde e Ciências do Comportamento 2023-2030 terá avaliações trienais.

A monitorização será efetuada ao longo de todo o período de vigência, através do Observatório de Literacia em Saúde, que irá recolher os dados e analisar os indicadores definidos.

A avaliação será efetuada em três momentos: dois intercalares (2025 e 2028) e uma avaliação final (2031).

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Em termos de “Saúde” , tudo o que contribuir para uma (Boa Saúde) , é bem vindo . Literacia -en -Saúde , é um termo (bonito, atraente e moderno ) . Mas em que ponto estamos realmente en termos de eficácia Medica ? . Com a penúria e dificuldade de acesso aos Serviços do SNS , a Profilaxia de Saúde , Tratamentos atempados , Cuidados Continuados , lares , poder de compra de Medicamentos receitados ; são os reais Cuidados que estão por as Ruas da amargura ! ………Mas enfim vamos ter Literacia !

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