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Madeira: um só incêndio destruiu 14% da área florestal da ilha. Curral das Freiras está a salvo

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HOMEM DE GOUVEIA/LUSA

A localidade da Fajã das Galinhas apresenta um risco de incêndio após a encosta sobranceira ao Curral das Freiras registar focos de incêndio, na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos.

Chamas não chegaram a edifícios habitados e incêndio foi declarado extinto. Um só fogo já destruiu 14% da área florestal total da ilha. Miguel Albuquerque diz tratar-se de fogo posto.

O incêndio que estava ativo na terça-feira no Curral das Freiras, no concelho de Câmara de Lobos, foi declarado extinto, sendo o fogo no Pico Ruivo o que mais preocupava os operacionais às 09:00 desta quarta-feira, segundo a Proteção Civil.

Num comunicado com o ponto de situação àquela hora, o Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) adianta que as equipas permanecem no Curral das Freiras para realizar vigilância ativa e evitar qualquer reacendimento.

O Curral das Freiras teve durante este fogo rural, que dura há uma semana, alguns momentos de grande preocupação, com a aproximação das chamas das casas. O acesso difícil dificultou as operações de combate na zona.

 

Na noite de terça-feira para esta quarta, segundo o município, o incêndio esteve muito ativo na zona, descendo a encosta em direção a uma área habitacional, e chegou a ser preciso retirar uma pessoa acamada.

“O foco mais preocupante está agora na zona da cordilheira central entre as zonas altas do Curral das Freiras e o Pico Ruivo, onde o incêndio está a consumir uma área cada vez maior em zonas de difícil acesso, o que dificulta o combate ao fogo”, é referido na nota do SRPC.

Para o combate às chamas no Pico Ruivo, no concelho de Santana – o quarto município atingido por este incêndio -, foi também ativado o meio aéreo da região.

Além das forças de bombeiros, elementos do Comando Regional de Operações de Socorro, do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, da GNR e da PSP continuam a prestar apoio contínuo às operações.

De acordo com a Proteção Civil, o incêndio iniciado em 14 de agosto tem esta manhã dois focos – um nas zonas altas da Ponta do Sol (Lombada) e o outro na Cordilheira central (entre as zonas altas do Curral das Freiras e o Pico Ruivo).

No terreno estavam às 09:00 com mais de 30 veículos e mais de 100 operacionais, incluindo membros da Força Especial de Proteção Civil e bombeiros dos Açores.

Na terça-feira, três bombeiros, dois do continente dos Açores e um do continente, tiveram de receber assistência médica por exaustão. Um foi assistido no local e os outros dois foram transportados ao Hospital Nélio Mendonça, Funchal, onde foram assistidos, e tiveram alta poucas horas depois.

Uma bombeira dos Açores tinha já sido anteriormente levada ao hospital por exaustão, tendo também alta pouco depois.

O incêndio rural na Madeira deflagrou há uma semana, dia 14 de agosto, nas serras da Ribeira Brava, propagando-se na quinta-feira ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol.

Nestes oito dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos, e da Furna, na Ribeira Brava.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais.

Um só fogo destruiu 14% da área florestal da Madeira

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, indicados pelo presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, António Nunes, apontam para 4.392 hectares de área ardida até às 12:00 de terça-feira, o que representa 14% de toda a área florestal da ilha da Madeira.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque diz tratar-se de fogo posto.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Mais um incêndio, que acredito seja de origem criminosa. O Albuquerque tardou a pedir ajuda e até gozou férias em Porto Santo enquanto a ilha ardia. Vergonha de político.

  2. Nós lá na minha aldeia ainda somos muito antiquados… plantamos couves e alfaces em volta das casas para não arderem, já na Madeira é com aviões. É mais chicc

  3. Bem….parece que certos Tótós Madeirenses , para além da recente calamidade , ainda não ser dada como extinta ; vão querer mais Festolas , queima dos fachos , fogo de artificio etc….e mais algumas “fantasias” , talvez para acabar de arder o que falta arder !

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