A Hungria vai forçar as mulheres que pretendem realizar uma interrupção voluntária da gravidez a ouvir o batimento cardíaco do feto, medida que deverá entrar em vigor a 15 de setembro, quinta-feira.
O procedimento só poderá avançar caso haja um relatório médico a comprovar que as mulheres ouviram o batimento cardíaco, revelou o Deutsche Welle. O aborto é legal no país desde 1950, podendo ser feito até à 12ª semana de gestação ou, em certos casos, até às 24 semanas. Desde 1992 não havia alterações na legislação.
Ao jornal alemão, a Amnistia Internacional disse que se trata de um “preocupante passo atrás”.
Ska Keller, eurodeputada do grupo Greens-European Free Alliance, disse à Euronews que “são sempre as mulheres quem mais sofre com governos de extrema-direita porque a sua própria autonomia corporal é posta em causa. É-lhes dito como podem viver e o que fazer com o seu próprio corpo”.
Dóra Dúró, deputada de extrema-direita, congratulou a medida no Facebook: “O governo deu um passo no sentido de proteger todos os fetos desde a conceção, pois haverá pelo menos alguns segundos em que um feto poderá comunicar com a sua mãe, que ouvirá o seu batimento cardíaco antes de um aborto ser realizado”.
Esta mudança na lei torna-a semelhante à aplicada nos estados do sul dos Estados Unidos, que exigem que as mulheres ouçam o “batimento cardíaco fetal” como parte do “consentimento informado” obrigatório para realizar o procedimento.
Contudo, segundo referiu o Guardian, a maioria dos médicos considera o termo “batimento cardíaco fetal” enganador, durante as primeiras semanas de gravidez, visto que o som ouvido nas primeiras ecografias é gerado pela máquina de ultra-sons.
“O procedimento só poderá avançar caso haja um relatório médico a comprovar que as mulheres ouviram o batimento cardíaco,…”
Isto é… as mulheres surdas da Hungria não poderão abortar…
Parece-me discriminatório, ao promover a diferença com base numa condição física inerente ao indivíduo.
Ainda bem. Hungria resolve os seus problemas demográficos, incluindo o envelhecimento da população com aumentar a fertilidade e reprodução. Ademais, as mães lá têm direito a 3 anos de maternidade com um subsídio igual a 90% do salário médio anterior; e ajudam as famílias com obter a sua primeira casa; e dão 8 mil euros de suporte à famílias com pelo menos 3 crianças para comprarem novo carro, e finalmente, famílias com mais do que 2 crianças são isentas de impostos.
Enquanto no resto de Europa só tentam resolver a falta dos jovens com a “exportação” de gente do terceiro mundo, que nem tem a mesma cultura nem consegue respeitar a nossa cultura.
Lá tinha de vir um Nazi que se acha superior aos outros…