GNR terá retirado criança de 12 anos à mãe após se recusar a usar máscara na escola

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Uma criança de 12 anos terá sido retirada à mãe depois de várias faltas à escola por se recusar a usar máscara. O caso aconteceu em Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, e terá levado agentes da GNR a retiraram a menina da casa da mãe à força, conforme um vídeo que esta gravou.

A criança terá sido retirada à mãe no passado dia 18 de Junho de 2021, em Vila Pouca de Aguiar, pelo que serão cinco agentes da GNR.

Uma situação que terá sido despoletada por um processo aberto no Tribunal de Família e Menores e pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) depois de notificação da direcção da escola.

A menina “foi retirada da guarda da mãe por, alegadamente, recusar-se a usar máscara na escola por motivos de saúde, tendo sido levada para a casa dos avós paternos”, noticia o Diário de Trás-os-Montes.

Uma “fonte oficial da GNR”, segundo este jornal, confirmou que “a criança foi retirada à mãe após um processo judicial envolvendo a CPCJ e o Tribunal de Família e Menores”. Contudo, não apontou as causas dessa decisão.

Num vídeo divulgado na Internet, a progenitora mostra o momento em que os agentes terão levado a criança e desabafa que a filha “foi raptada” por uma “força policial que cumpre ordens para uma ditadura e rouba filhos às mães”.

A direcção da escola explicou ao Correio da Manhã (CM) que notificou o caso às autoridades movida pela “legislação em vigor sobre o uso de máscara”.

Além disso, a instituição de ensino destaca que foi feita “uma campanha de sensibilização para o cumprimento das regras impostas pelo Governo no âmbito da covid-19 e que a aluna deixou de comparecer à escola”.

A mãe alega, por outro lado, que a escola deixou de permitir a entrada da criança por esta se recusar a usar máscara devido a problemas de saúde, por lhe causar “dores de cabeça e letargia”, como contou em entrevista ao site Queroemigrar.com.

Mãe diz que a sua “palavra foi completamente ignorada”

A mãe chegou a obter um atestado médico para justificar o não uso de máscara e diz que a criança só faltou por três vezes às aulas sem justificação.

“Eu nunca a quis tirar da escola, por mim ela tinha continuado a ir à escola, só não queria que fosse obrigada a usar uma coisa que lhe fazia mal“, refere ainda a mãe em declarações à CMTV.

Ela terá tentado que a criança passasse a frequentar o chamado ensino doméstico ou homeschooling. Mas queixa-se à CMTV de que a sua “palavra foi completamente ignorada”.

Mãe e filha foram ouvidas no Tribunal de Família e Menores local e a mãe revela à CMTV que o juiz lhe disse que o atestado médico “não significava nada” porque ela não tinha “nenhum problema diagnosticado até ao momento”.

Segurança Social diz que a mãe “recusou colaborar”

O CM cita um relatório da Segurança Social que conclui que “a progenitora recusou colaborar afirmando que a filha não tem que suportar uma mentira inventada por adultos”, notando ainda que apresentou-se “com uma postura agressiva e sem vontade de reverter o absentismo escolar da filha, alegando que ela não corre qualquer perigo ou risco”.

O CM aponta que no dia 15 de Junho, a mãe recebeu a visita de uma técnica da Segurança Social e de agentes da GNR com uma ordem judicial para levarem a menina. Mas os agentes só acabaram por levar a criança à força no dia 18, sem qualquer aviso prévio, alega a mãe.

“Eles ameaçaram que se eu não abrisse a porta, que arrombavam. Eu então abri a porta. Assim que abri a porta, para poderem avisar a minha filha que ela ia ter mesmo que ir embora, impuseram a sua força com o corpo, abriram a minha porta e entraram dentro de minha casa”, denuncia a mãe em declarações ao site Queroemigrar.com.

A mãe apresentou uma queixa-crime na esquadra de polícia e fez um pedido de habeas corpus , estando a aguardar a resposta do tribunal a esta solicitação.

Entretanto, a criança “está em casa da avó paterna”, segundo a mãe que argumenta que a menina quase não tem qualquer relação com esta.

Susana Valente, ZAP //

5 Comments

  1. Xica esperta…. Vai falar com venturinha se não tiveres dinheiro . Se por ventura o uso de máscara faz dores de cabeça que levem a criança ao médico ver o que se passa e não ficar pelo atestado e tentar obrigar a mesma a ir para a escola sem máscara. Regras são claras e são para todos, no momento que se começar abrir exceções deixa de funcionar tudo.

    • … concluo assim que vivo numa sociedade espartana, em que todos devem obedecer às normas institucionalizadas pelos “donos” ou os seus amos. Neste caso a escola e o senhor juíz.
      Ninguém pode ter a sua própria linha de pensamento.

      • Deixa ver se te entendo as leis e normas apenas servem para os outros e quando aplicadas em ti ou na tua ideologia já não é aplicável e a lei e regras passam a ser fascismo e escravidão…. Sabes qual o nome para o teu problema? Trumpismo e se queres viver numa republica das bananas é melhor imigrares para o Texas ou Florida em que reina o QAnon e as teorias do Trump é deus.

  2. Ai, ai, mais um título daqueles… a GNR não retirou nada; quem retirou a criança à mãe foi uma decisão do tribunal!

    E, aparentemente, foi bem retirada porque tudo indica que a mãe será um perigo para a filha – ao ponto de inventar doenças para filha!

    Lavagens cerebrais em sites negacionistas (como esse Queroemigrar) dão estes resultados… foi assim, com gente desta que se deu a invasão do Capitólio!

    Também seria interessante saber a opinião do pai da criança.

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