Beverly Hilton será o palco de uma gala que era mais importante noutros tempos. E que foi realmente esquisita nos últimos dois anos.
Eis uma novidade: a cerimónia dos Globos de Ouro decorre mais logo, terça-feira nos EUA mas já madrugada de quarta-feira em Portugal.
Não, não são os Globos de Ouro que são transmitidos pela SIC. São os Globos de Ouro que ainda no ano passado foram transmitidos… por ninguém.
Beverly Hilton será o palco de uma gala que era mais importante noutros tempos. E que foi realmente esquisita nos últimos dois anos.
A COVID-19 explicou a cerimónia estranha de 2021. Decorreu em dois locais em simultâneo (New York e Los Angeles), apresentada por Tina Fey e Amy Poehler, mas sem a presença de qualquer nomeado.
Os vencedores não foram para casa com prémios porque já estavam em casa. Não houve aqueles momentos puros de emoção e aquele desfile de vestidos e penteados especiais.
E ficou no ar a ideia, para alguns comentadores, que “já ninguém quer saber” da gala que distingue filmes e séries desde 1944, com votações de jornalistas estrangeiros em Hollywood.
2022 foi quase um ano de vergonha, ou no mínimo de embaraço para os organizadores do evento.
Foi uma noite sem transmissão televisiva. Foi uma noite de boicote: uma investigação jornalística mostrou que – entre outras questões éticas duvidosas, “arranjinhos”, favores e membros a dormir durante a avaliação dos filmes – não havia qualquer negro no júri do evento.
O anfitrião em 2023 será negro: Jerrod Carmichael. A comédia Os Espíritos de Inisherin destaca-se com oito nomeações.
A “maior festa de Hollywood”, segundo a estação NBC, não vai ser transmitida em diversos países. Portugal e Brasil são dois exemplos. A cerimónia não vai passar em qualquer canal português.
Assim será o regresso do evento “mais caótico de Hollywood”, resume o portal Vox.