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Gestaverso: Já há um “parto virtual” para ajudar futuras mães

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Gestaverso

O Gestaverso é uma tecnologia que permite às gestantes vivenciar a experiência de um parto, desde as contrações iniciais até as emoções do nascimento do bebé.

Há várias grávidas que temem o momento do parto. A empresa espanhola, pioneira na facilitação de experiências de parto através da realidade virtual , nasceu com o especial propósito de “treinar” futuras mães para diferentes cenários. O objetivo é enfrentarem os seus próprios receios.

María Cantos e Juan Carlos Domínguez, os obstretas por trás da Gestaverso, não entendiam por que não conseguiam que alguns casais vivessem os nove meses de gestação em serenidade.

Com o propósito de eliminar todas as preocupações adjacentes, iniciaram, em janeiro do ano passado, um projeto que consiste em recriar a experência vivida na última fase da gravidez com ajuda da realidade virtual.

“Simulamos desde o momento em que a bolsa estoura e começam as contrações até ao nascimento”, explicou a obstreta ao ABC, referindo que cada mulher ter uma experiência personalizada de acordo com o seu plano de parto ou os seus maiores medos.

Desta forma, é possível recriar um parto natural, uma cesariana, complicações nos últimos momentos como bradicardia fetal ou outras situações específicas.

Nas experiência, as gestantes usam óculos de realidade virtual num ambiente onde são recriados sons, odores e até sensações de uma contração ou da introdução de um cateter.

“Para que a imersão seja completa não basta a futura mãe ver, ela tem que sentir tudo”, salientou Cantos, acrescentando que a simulação começa num ambiente fictício, como a sala de uma casa, onde a grávida se pode movimentar livremente e interagir com qualquer objeto.

Mais tarde, quando está totalmente imersa na experiência, começam a manifestar-se as primeiras contrações que, embora simuladas, doem.

Não praticamos nenhuma técnica invasiva, utilizamos pressão manual em pontos específicos para recriar essas sensações.” Neste momento, as mulheres aprendem a utilizar diferentes recursos como respiração, movimentos pélvicos, banho, bola de Pilates, bolsas térmicas e também cronometragem, para controlarem a dor e não irem demasiado cedo para o hospital.

A experiência continua até chegarem à sala de parto. Ao longo do caminho, os pais aprendem a reconhecer quando começa o trabalho de parto e que exames fará a gestante assim que chegar à maternidade.

Cada sessão dura cerca de 45 minutos e é orientada por ambos os obstretas.

A experiência ajuda as grávidas a adotarem um estado de maior tranquilidade durante o parto real. “A secreção e absorção da ocitocina ocorre melhor se não estivermos a secretar cortisol, que normalmente é produzido com a inquietação. Quando a mulher está tranquila durante o processo de parto, está comprovado cientificamente que isso ajuda a dilatar mais e o bebé a oxigenar melhor” realçou a especialista.

A experiência deve ser feita na reta final da gravidez, por volta da 37ª semana.

ZAP //

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