Tempestade de Categoria 1 provocou uma “emergência energética” — Cuba está praticamente sem eletricidade há três dias. Algumas zonas da ilha poderão enfrentar uma “crise humanitária”, alertam os meteorologistas.
Como esperado, o furacão Óscar atingiu o leste de Cuba na noite deste domingo, nas imediações de Baracoa, com ventos sustentados de 80 quilómetros por hora e rajadas máximas de 120 quilómetros por hora.
AVISO 🌀
El #huracán #Oscar tocó tierra en el oriente de la isla de #Cuba 🇨🇺 cómo Categoría 1
Cerca de #Baracoa, pequeña población con techos de lámina y casas de madera, afectada por el corte de energía en Cuba.Ahora como Tormenta Tropical con vientos de 95 km/h de lento… pic.twitter.com/rMJ9ZeT5pq
— Geól. Sergio Almazán (@chematierra) October 21, 2024
Horas antes da chegada da tempestade de categoria 1, já se fazia notar a escassez de medicamentos, alimentos e combustível.
O Governo cubano suspendeu todas as atividades estatais “não essenciais”, incluindo escolas, até à próxima quarta-feira devido ao enorme apagão na ilha e à chegada do furacão Oscar.
Os serviços vitais para a população, incluindo hospitais, continuam operacionais, mas o Governo paralisou todas as atividades laborais e aulas não essenciais do Estado em todos os níveis de ensino, no âmbito das medidas anunciadas para combater a crise energética.
Nesse mesmo dia, o Sistema Nacional de Eletroenergia (NEE) sofreu um colapso completo que deixou o país num apagão total do qual só começou a sair este domingo, mais de 48 horas depois, e de forma limitada e gradual.
Os problemas de produção de energia insuficiente que o país sofre há meses, no entanto, continuarão, admitiu o governante, problemas esses que se agravaram nas últimas seis semanas devido às quebras nas centrais obsoletas de fabrico soviético e ao défice de combustível, como resultado da falta de moeda estrangeira para importá-lo.
O ministro da Energia e Minas, Vicente de la Levy, reconheceu que a situação no sistema elétrico é “muito tensa” e que a falta de eletricidade deixou “a maioria dos cubanos” sem água em suas casas, já que os motores que a bombeiam usam eletricidade.
Soma-se a isso a proximidade do furacão Oscar, que deve atingir a costa da ilha esta noite, nas províncias de Guantánamo e Holguín (extremo leste), segundo informações do Instituto de Meteorologia (Insmet).
As autoridades decretaram um alerta de ciclone para a região.
O Centro Nacional de Furacões previu que a parte oriental de Cuba poderia receber entre 15 e 20 centímetros de chuva até quarta-feira, com algumas áreas isoladas a enfrentar até 20 centímetros de chuva.
Preveem-se grandes tempestades com ondas destrutivas ao longo da costa norte de Cuba.
Os meteorologistas têm levantado preocupações de que o Óscar possa intensificar-se numa tempestade de Categoria 2, aumentando potencialmente o risco de graves inundações repentinas, deslizamentos de lama e deslizamentos de rochas no sudeste de Cuba.
Se a tempestade se intensificar ou voltar a atingir terra firme, algumas zonas de Cuba poderão enfrentar uma “crise humanitária”, alertam os meteorologistas.
Cuba vai “atuar severamente” contra quem “perturbar a ordem” durante o corte de eletricidade que há três dias afeta o país, advertiu o Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.
Vestido com um uniforme militar, Díaz-Canel disse, no domingo, no programa noticioso da televisão cubana, que alguns residentes tinham saído à rua no sábado à noite numa tentativa de “provocar a desordem pública”.
ZAP // Lusa
Caramba, tinha que vir um furacão atingir a Ilha Cubana, logo agora que a República de Cuba tinha mostrado interesse em aderir aos BRICS.