China e Polónia já encontraram forma de fugir às taxas da UE sobre veículos elétricos

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Xinhua/Li Xueren

O Presidente chinês, Xi Jinping, recebeu o seu homólogo polaco, Andrzej Duda, em Pequim, no domingo

A China e a Polónia concordaram em cooperar no domínio do veículos elétricos, apesar da recente decisão da União Europeia de aumentar os direitos aduaneiros sobre as importações chinesas.

O acordo surge duas semanas depois de a Comissão Europeia ter anunciado que a partir de julho ia passar a cobrar taxas alfandegárias adicionais sobre as importações de veículos elétricos da China — com um valor médio próximo dos 21% e podem chegar em alguns casos aos 38.1%.

A medida surgiu após um inquérito aberto pela UE a auxílios diretos, benefícios fiscais, créditos à exportação e empréstimos concedidos por bancos estatais às construtoras chinesas de veículos automóveis, “causando assim prejuízo à indústria da União Europeia”.

Esta decisão levou por sua vez Pequim a anunciar agora, como retaliação, um inquérito anti-dumping sobre as importações de carne de porco.

A Espanha, um dos principais apoiantes das tarifas da UE, juntamente com a França, poderá ser um dos países mais afetados pela investigação sobre o produtos de carne de porco.

Mas entretanto, a China parece ter encontrado uma forma de contornar as novas taxas alfandegárias impostas pela UE — através de um acordo de cooperação com a Polónia no domínio dos veículos elétricos.

Segundo o South China Morning Post, o documento, que visa “reforçar a parceria estratégica global” entre os dois países, foi emitido depois de o Presidente chinês, Xi Jinping, se ter reunido com presidente da Polónia, Andrzej Duda.

Os analistas económicos sugerem que o acordo entre os dois paíeses poderá ser uma forma de as empresas chinesas aumentarem as suas operações de produção na Europa, de modo a poder contornar as tarifas anunciadas pela UE.

O Ministro do Património do Estado da Polónia, Jakub Jaworowski, já se reuniu com uma delegação do fabricante chinês de automóveis Geely para discutir o seu papel no mercado automóvel europeu, que está em constante mudança.

Além disso, a empresa chinesa está a trabalhar com a ElectroMobility Poland para desenvolver um carro elétrico que deverá começar a ser produzido em massa dentro de dois anos.

“Atualmente, estão em curso trabalhos intensivos para avaliar o projeto implementado pela ElectroMobility Poland. Este trabalho destina-se a verificar todos os pressupostos comerciais do projeto”, diz o Governo polaco.

Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações dos veículos elétricos atingiram um valor total de 14,6 milhões de dólares, um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Soraia Ferreira, ZAP //

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3 Comments

  1. Isto só prova que não há coesão na UE. Depois de Orban, agora é o polaco. A Inglaterra já saiu e agora é a França que está em maus lençois. Será que Costa vai fazer parte da comissão liquidatária da UE?

  2. O mau serviço prestado ao país e a vassalagem à UE é sempre compensada. Não foi assim também com Durão Barroso?
    Que continue a festa! É fartar vilanagem!

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