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Franceses destacam “a receita do sucesso português” contra a covid-19

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Hugo Delgado / Lusa

Portugal é “a excepção na Europa” desde o início da pandemia na gestão da crise sanitária, considera o jornal francês Libération que destaca “a receita do sucesso português” face à covid-19, considerando que a “separação de pacientes”, a “disciplina da população” e a “unidade política” fazem a diferença.

O jornal francês Libération enviou o jornalista François Musseau a Lisboa para verificar como é que Portugal está a combater a pandemia de covid-19.

Numa altura que os casos de covid-19 voltaram a crescer um pouco por toda a Europa, com França a revelar, nos últimos tempos, mais de 10 mil casos diários de novas infecções, os franceses voltam a olhar para Portugal, onde, apesar do aumento de casos após o desconfinamento, as coisas parecem mais ou menos controladas.

“O comportamento dos portugueses foi exemplar”, destaca o jornalista francês como uma das razões para que não tenha havido um excessivo pico de casos até agora.

A reportagem do Libération cita ainda a “unidade política” entre o Governo, o Presidente da República e os vários partidos políticos como outro factor que ajuda a explicar o “sucesso português” no combate à pandemia.

Além disso, o jornal destaca a “separação de pacientes” nas unidades hospitalares como outra vantagem da estratégia portuguesa.

Numa visita ao Hospital de Santa Maria em Lisboa, o jornalista repara que a unidade é “uma boa fotografia” da forma como Portugal está a enfrentar a pandemia, notando que nas urgências não se cede “ao pânico nem à pressa”. Há “até uma certa indiferença no trabalho”, destaca o repórter.

“Desde o início da crise sanitária, a nossa obsessão sempre foi separar claramente o circuito de covid dos demais [pacientes] e garantir que, em nenhum caso, os doentes afectados por outras patologias sejam prejudicados pela mobilização em torno do coronavírus”, aponta ao jornal francês o director clínico do hospital, Luís Pinheiro.

“Tudo foi feito para evitar que as duas categorias de pacientes se cruzem“, conclui o diário francês.

O artigo ainda nota, a título de comparação, que Portugal regista “10 vezes menos contágios e 16 vezes menos vítimas mortais” do que Espanha – 1977 mortes em Portugal contra 31.791 em Espanha.

Um cenário que espanta o jornalista do Libération que destaca que Portugal enfrentou uma grave crise económica entre 2008 e 2013 que motivou elevados cortes nos gastos públicos, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde.

Além disso, o artigo aponta que Portugal tem uma capacidade de 3,5 leitos por 1.000 habitantes, o que é considerado demasiado precário pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), enquanto França, por exemplo, tem 5,9 leitos por 1.000 habitantes.

Mas, apesar disso, nunca a taxa de ocupação dos leitos nas Unidades de Cuidados Intensivos ultrapassou os 60%, como frisa o jornal.

François Musseau fala de Marta Temido como a “enérgica ministra da Saúde” e realça declarações da governante a notar que se conseguiu, “graças à assistência telefónica”, que “80% dos doentes tivesse tratamento em casa”.

Entre algumas das medidas concretas destacadas pelo Libération estão a proibição da venda de álcool depois das 8 da noite, a redução da afluência a bares e restaurantes próximos das escolas e a criação de equipas multidisciplinares para trabalho descentralizado na Grande Lisboa.

ZAP //

38 Comments

      • Idiota parece o amigo! E como é que são contados aqui os mortos e na Suécia?!
        É que na generalidade dos países do ocidente, à exceção de Portugal, o número de mortos por COVID é apurado pela diferença entre a mortalidade média de um ano normal e o número de mortos registado em 2020. Em Portugal apenas são mortos COVID os que tenham registado um teste positivo COVID.
        E para sua informação, este ano há mais cerca de 5 mil mortos que num ano normal, para além dos que registámos enquanto COVID. Faça as contas e perceberá o “milagre” português.
        É como dizia o outro: “é tudo uma questão de fazer as contas”…

    • Suécia ???!!
      1º possui uma taxa de 600 morte por milhão de habitantes, Portugal 196
      2º tem uma taxa de 165 mil testes por milhão de habitantes, Portugal 260.
      Este ultimo ponto demonstra a farsa que é a Suécia ou seja não testa as pessoas para não apresentar números elevados de contagio, a partir daí a credibilidade dos resultados desse país é nula.
      É um país que apresenta um numero de mortes idêntica a Itália mas com menos casos de Covid logo e tendo em conta que o sistema de saúde Sueco é melhor que o italiano o numero de casos deveria ser idêntico ou superior ao italiano.
      A Suécia é um mau exemplo quanto mais não seja por não proteger a sua população mais velha que contribui-o para o desenvolvimento e pujança desse país.

      • A unica coisa “BOA” que tem a suécia é o IVA a 25% compensado com uma população de DENUNCIA quem não cumpre as suas obrigações fiscais,

      • Totalmente errado. Este é um belo exemplo de que alguém com apenas parte da informação transmite e defende erradamente uma ideia que não defenderia se conhecesse com rigor toda a informação que já é pública. Veja o comentário acima do “A ingenuidade é uma coisa bela” e perceberá a informação que lhe falta.

    • e que tal se antes de comentar procurasse a informação certa?
      Suécia…94 283 infetados….5 895 mortes
      Acha que não foram idiotas? A população é igual à de Portugal…10 milhões

    • Sim, mas olhar para dados, não para boatos das redes sociais:

      Suécia::
      População – 10, 23 milhões (2019 eurostat)
      Casos – 94 283
      Mortes – 5895

      Portugal:
      População – 10,28 milhões (2019 eurostat)
      Casos – 79 151
      Mortes – 2005

      Eu prefiro os dados de Portugal (+/- 15000 infectados a menos e +/- 3900 mortes a menos).
      Mas acredito que a matemática cause confusão a muita gente…

      • os mortos são os mesmos,Portugal têm mais 6800 mortos inexplicados em relação ao ano passado…o que somado aos explicados da a mesma taxa…senão Portugal teria algum remédio milagroso ou médicos de Marte e teríamos cá todos os países a ver esse milagre,aliás já nem era preciso vacina

  1. Publicidade socialista. O milagre português.. mas qual milagre? Portugal está em 11º. Não é dos piores mas também não está nem perto dos melhores.
    Comparam números sem terem em conta a população total. Lol.

    • Eles compararam números por 1000 habitantes, o que é a forma correcta, o que eles não falam é em medidas concretas… ou a falta delas.
      Por exemplo, o uso de máscara generalizado, a maior parte doa países europeus que colocou as máscaras obrigatórias na rua são os que estão piores.
      As máscaras só são eficientes se usadas correctamente, o que não acontece na Europa.
      As máscaras não são substituídas a cada 3 horas, a maioria não ganha o suficiente para as trocar a cada 3 dias.
      Por outros lado, as pessoas tem o hábito de colocar o nariz de fora da máscara o que potência o contágio porque as máscara se fizerem o efeito pretendido, estão contaminadas de vírus e são colocadas mesmo debaixo do nariz.
      Elas são a maior fonte de contágio … mas enfim, continuem a insistir na remoção de direitos, privacidade e conforto

      • Então a alternativa à colocação de máscara conforme as recomendações é o não uso de máscara?
        Fiquei perdido com a lógica.
        Se alguém tiver a máscara mal colocada, vai ficar infectado mas, se não tiver máscara o vírus afasta-se “milgrosamente”?
        Acho que tem de ir ao hospital visitar o anti-máscara-mor, Trump, para ele lhe explicar isso das máscaras…

      • “Sem noção, ridicula, suja e obscura” é a tua inteligência!…
        Em Portugal não há “mídia” e, muito menos na França – de onde vem esta notícia.
        Mas, mesmo bem nesta pandemia tem estado o teu Brasil e os EUA do padrinho do Bolsonaro!…

      • Oi! Nossa, comentário xenófobo, né? Não faz isso não. Não esquenta, respire fundo e não escreva bobagem!

      • É verdade, é! Este (m)Eu! é xenófobo e racista mas não tem consciência disso. E é agressivo. Vai ver a resposta que vai dar. Agora está a pensar no que vai dizer. Vamos dar-lhe tempo.

      • Mas, pronto, ele tem piada… Há que admiti-lo, embora muitos dos que por aqui comentam não concordem nada com isto. 😀

      • É claramente bullying. Nem é preciso o recurso ao VAR para analisar novamente o lance. O “Cientista” tinha entrado na área, com a bola controlada no pé direito e o “Eu!”, à falta de pernas para o acompanhar, fez uma entrada perigosa de pés juntos (como de resto é hábito) enviando o “Cientista” para o estaleiro (onde de resto trabaha o Eu! – é nos estaleiros de Viana do Castelo).
        Por aqui já todos fomos vítimas de bullying por parte do Eu!
        Ele é assim. Há quem diga que ele fugiu de um manicómio. Há quem diga que ainda está a teclar de lá. Seja como for, no relacionamento com o Eu! nunca o deverá contrariar.

      • “Seja como for, no relacionamento com o Eu! nunca o deverá contrariar.”
        Heheheheee……
        Em principio, seguindo essa regra básica não deverá haver problemas, até porque, tal como o outro: «Eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas»!!!

    • O Liberation é socialista e é normal que “passe pano” no Portugal governado por socialistas. Porque se indignar com isso?

  2. Do Worldometers. Número de casos por milhão de habitantes, Portugal é o 54.º país. Em número de mortes por milhão de habitantes, estamos em 43.º. Neste aspeto, a Suécia é o 14.º e, no anterior, 41.º. Tanto pior para a desinformação!

  3. Lá estão os Gabarolas dos Portugas que são os melhores que os outros. Haja humildade, a pandemia a sério ainda não começou.

    • Tu, coitado – és um “portuga” tão rafeiro que nem ler sabes:
      “Portugal é “a excepção na Europa” desde o início da pandemia na gestão da crise sanitária, considera o jornal francês Libération…”

    • Os que sabem ler perceberam que não foram “portugas” a dizê-lo mas “francius”. Há “portugas” gabarolas e há “portugas” complexados.

  4. Assim se vê a força do SNS e dos seus profissionais. Que se danem os detractores do SNS e do governo. Limpem a boca imunda a este guardanapo.

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