Um fóssil de um milípede descoberto em 1899 é o inseto mais antigo do mundo, concluiu um novo estudo. O espécime em causa tem 425 milhões de anos.
Uma equipa de investigadores da Universidade do Texas diz ter identificado o fóssil do inseto mais antigo do mundo. O espécime é um Kampecaris obanensis, um milípede ancestral com 425 milhões de anos, encontrado na ilha de Kerrera, na Escócia. Embora já tenha sido descoberto em 1899, só agora é que o fóssil foi precisamente datado.
O New Atlas explica que, para o fazer, os cientistas recorreram a uma técnica de datação radiométrica. Um estudo com as conclusões foi publicado, em maio, na revista científica Historical Biology.
Os especialistas argumentam que esta descoberta levanta algumas questões sobre a evolução dos insetos. Outras evidências fósseis mostram que os insetos foram disseminados há 407 milhões de anos, e grandes comunidades de insetos prosperaram nas florestas há 385 milhões de anos. Isto sugere que os insetos passaram por uma rápida evolução em apenas 40 milhões de anos – o que em termos evolutivos é um curto período de tempo.
“É um grande salto destes pequenos indivíduos para comunidades florestais muito complexas e, no esquema das coisas, não demorou assim tanto tempo“, explicou Michael Brookfield, autor principal do estudo. “Parece haver uma rápida radiação da evolução destes vales montanhosos, até às planícies e depois disso para todo o mundo”.
A equipa de investigadores acredita que este não é só apenas o inseto mais antigo descoberto até ao momento, mas de certeza um dos mais antigos de sempre.
No entanto, outro método conhecido por datação por relógio molecular, sugere que os milípedes têm cerca de 500 milhões de anos. A confirmar-se, isto significaria que, na verdade, esta espécie seria 75 milhões de anos mais antiga do que o fóssil encontrado na Escócia.