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Encontrado fóssil de aranha com 110 milhões de anos (e os seus olhos ainda brilham no escuro)

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Espécies com corpos moles – como as aranhas – não ficam fossilizadas em pedras em comparação com os animais com ossos e dentes. Na maior parte das vezes, estes animais são encontrados preservados em âmbar.

Contudo, de acordo com um novo estudo publicado na revista Journal os Systematic Paleontology, foi encontrado um fóssil de aranha numa área de xisto na Coreia do Sul chamada Formação Jinju do Cretáceo Inferior.

As aranhas fossilizadas encontradas tinhas cerca de 2,5 centímetros, mas o facto mais extraordinário é que os seus olhos ainda brilhavam mesmo depois de tantos milhões de anos terem passado.

“Devido ao facto de que estas aranhas ficaram preservadas em estranhas manchas prateadas na rocha escura, foi imediatamente possível notar que os seus olhos eram muito grandes”, afirmou Paul Selden, membro da equipa, enfatizando que se trata do chamado “tapete brilhante”, uma membrana existente dentro do globo ocular de certos animais, capaz de refletir a luz que entra nos olhos, melhorando a visão noturna dos animais.

Estes aracnídeos viveram no planeta há aproximadamente 110 milhões de anos e usavam esta capacidade da visão durante a caça noturna.

Os fósseis de aranhas são muito raros, já que os animais de corpo mole como os insetos sofrem uma decomposição rápida, por isso muito raramente ficam fossilizados como acontece com o esqueleto dos outros animais.

Segundo o investigador, normalmente, as “aranhas flutuavam, porém neste caso, elas afundaram-se, o que as manteve longe das bactérias em decomposição“.

Além disso, as rochas onde os fósseis foram encontrados estavam cobertas com restos de pequenos crustáceos e peixes, o que sugere que uma floração de algas teria apanhado os fósseis, provocando o seu afundamento.

A descoberta dos insetos conservados na rocha ajudou os cientistas a descobrirem pela primeira vez as características anatómicas das aranhas que viveram há milhões de anos. Já os olhos em forma de canoa do aracnídeo ajudará os investigadores na identificação da árvore evolutiva destes insetos.

1 Comment

  1. Acho que quinto parágrafo.

    A preservação ocorreu pelo fato de ter havido uma fossilização rápida. E não uma morte lenta e natural.

    Quanto ao brilho dos olhos…creio que talvez seja pelo fato de que não se passaram “milhões” de anos.

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