Famílias de acolhimento de idosos e deficientes sem aumentos há 13 anos

As famílias de acolhimento para idosos e pessoas com deficiência, que acolhem até três adultos no seu contexto familiar, há 13 anos que não veem aumento no valor de retribuição pelos serviços que prestam.

Essas famílias fazem parte de um programa da Segurança Social (SS), criado em 1991, que está sem qualquer revisão desde 2009. Até ao último despacho de atualização, o valor era revisto anualmente.

De acordo com o Jornal de Notícias, existem atualmente 414 famílias de aolhimento, que auferem 225 euros por cada pessoa acolhida (450 euros no caso de uma incapacidade elevada) e 222,27 euros para despesas de acolhimento – luz e alimentação, por exemplo.

As famílias de acolhimento são uma alternativa aos lares e destina-se a pessoas com deficiência e idosos com idade igual ou superior a 60 anos, que reúnam determinadas condições: estar dependentes; viver sem apoio sociofamiliar; não ter ou viver em alojamento que ponha em perigo a sua segurança; ou ser vítima de maus-tratos.

Segundo dados da SS, citados pelo jornal, as 414 famílias acolhem 405 idosos e 385 pessoas com deficiência. A maioria situa-se no distrito de Vila Real (34%) e Braga (22%), seguindo-se Viana do Castelo, porto, Bragança, Aveiro, Viseu e Coimbra.

Óscar Ribeiro, investigador do grupo de envelhecimento do CINTESIS – RISE, da Universidade do Porto, disse que as famílias de acolhimento são “uma medida com potencial, mas que requer uma exigente monitorização e recursos humanos altamente especializados” .

É necessário garantir que existe “participação da pessoa acolhida na vida da comunidade”, fazendo sentido que o Estado invista nesse modelo, principalmente em zonas onde os lares não tenham capacidade, referiu ainda.

ZAP //

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