Facebook remove grupo com mais de 11 mil “racistas unidos pelo Chega”

Só no último ano, o Facebook já removeu um milhão de grupos, a nível mundial, ao abrigo de uma política sobre discurso de ódio. Um dos mais recentes foi um chamado “Apoiantes do Chega e de André Ventura”, cujos membros se diziam “racistas”.

De acordo com o Jornal de Notícias, o Facebook removeu um grupo com mais de 11 mil membros que se assumiam como “racistas unidos pelo Chega”.

O grupo chamava-se “Apoiantes do Chega e de André Ventura” e tinha como descrição: “Somos racistas unidos pelo Chega. A nossa maior causa é o racismo e destruir o sistema corrupto do 25 de Abril. Este é um dos grupos oficiais do partido Chega”.

O grupo tinha ainda como lema “Fascismo sempre, 25 de Abril nunca mais!” e dizia que “André Ventura, quando está fora dos holofotes, diz explicitamente que temos de tomar o país, nem que seja por meio de uma revolução à força e mudar a Constituição! Vamos destruir o sistema abrileiro e criar a 4.ª República”, cita o jornal.

Ao JN, o Chega reagiu a esta situação dizendo que repudia os valores defendidos por este grupo e frisando que “não é um partido racista, não defende ideais racistas e não tolerará quem o faça em nome do partido”.

A direção do partido garantiu ainda que “não tinha qualquer conhecimento da existência deste grupo” e defende-se dizendo que “é impossível estar a par de todos os grupos que são criados nas redes sociais, até porque, não sendo criados por elementos da direção nacional ou por outros elementos dirigentes, não são da responsabilidade do partido”.

Segundo o mesmo diário, a decisão de remover este grupo foi tomada pelo Facebook ao abrigo de uma política sobre discurso de ódio que, só no último ano, já levou à extinção de um milhão de grupos espalhados por todo o mundo.

De acordo com o jornal Público, a rede social também removeu centenas de contas associadas à empresa de publicidade russa AdNow, que estava pagar a influencers para dizer mal de vacinas criadas fora da Rússia, como a Pfizer ou a AstraZeneca.

Uma das estratégias da Fazze, empresa de marketing com sede no Reino Unido que faz parte da AdNow, era utilizar imagens onde se lia que quem tomasse determinadas vacinas se ia transformar num macaco.

ZAP //

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