Ex-ministro da Albânia acusado de tráfico de droga enfrenta até 12 anos de prisão

A Procuradoria-Geral da República albanesa pediu esta terça-feira uma pena de prisão até 12 anos para o ex-ministro do Interior da Albânia, Saimir Tahiri, acusado de estar ligado a uma rede de tráfico de canábis em grandes quantidades.

Depois de uma investigação de dois anos, o antigo responsável do governo é suspeito dos crimes de tráfico de droga, corrupção e envolvimento numa organização criminosa. Saimir Tahiri, de 49 anos, rejeita as acusações e nega qualquer conexão com a suposta rede de tráfico que também levou a detenções em Itália e na Albânia dos supostos líderes.

Os procuradores anunciaram esta terça-feira a sentença de Tahiri, que o ano passado esteve brevemente em prisão domiciliária.

O ex-ministro deixou o cargo no governo em 2017 e abandonou o lugar de deputado em maio de 2018, devido à associação do seu nome à investigação sobre o caso. Com ele, são também acusados três polícias, incluindo Jael Cela, chefe da polícia de Vlora, uma das cidades mais antigas da Albânia, localizada no sul do país.

Saimir Tahiri, de 39 anos, estudou Direito e é um político albanês que serviu como Ministro dos Assuntos Interiores no governo do Primeiro Ministro Edi Rama de 2013 a 2017.

A Albânia é um centro para o tráfico de drogas e foi um grande produtor de canábis, destinado principalmente à Itália. As autoridades do país afirmam ter desmantelado essas redes. O atual ministro do Interior Sander Lleshaj chegou mesmo a declarar que a Albânia “tinha sido excluída da lista de países produtores de canábis”.

Este pequeno país nos Balcãs também é um ponto de trânsito para a heroína do Oriente Médio e a cocaína sul-americana, todas as drogas destinadas ao mercado europeu. Vlora é um porto no Mar Adriático e um importante cruzamento no narcotráfico na Albânia, localizado na costa sul da península italiana.

A vida política do país é pontilhada com este tráfico e os partidos políticos acusam-se uns aos outros de ter relações com o crime organizado.

ZAP // Lusa

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